Lançamento do foguete Hanbit-Nano em Alcântara é adiado

Lançamento do foguete Hanbit-Nano em Alcântara é adiado | Divulgação/SGT Vanessa Sonaly
A Innospace, empresa sul-coreana responsável pelo projeto, fará a transmissão ao vivo a partir das 20h30, em seu canal oficial. A missão marca o primeiro lançamento comercial de um foguete a partir do território brasileiro.
Falha técnica motivou mudanças no cronograma
Inicialmente, o lançamento estava previsto para a última quarta-feira (17). No entanto, durante a checagem final, técnicos identificaram uma anomalia no sistema de refrigeração do oxidante do combustível.
Diante disso, a empresa optou pela substituição de componentes. Em seguida, a equipe remarcou a missão para 15h45 desta sexta-feira. Porém, novas avaliações técnicas levaram a outro adiamento, agora para o período da noite.
FAB mantém janela de lançamento aberta
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a janela de lançamento segue válida até 22 de dezembro. Ainda assim, qualquer alteração nos sistemas pode provocar novos adiamentos.
Ao longo do dia, equipes analisam pressão dos tanques, sistemas de ignição, softwares embarcados e condições meteorológicas. Vento, chuva e descargas elétricas seguem entre os principais fatores de risco.
Segurança é prioridade máxima na operação
Após a decolagem, o controle de voo acompanhará a trajetória em tempo real. Caso surja qualquer desvio, os protocolos permitem interromper a missão de forma controlada.
“A segurança é prioridade absoluta. Se houver risco, a contagem para imediatamente. Se algo sair do padrão durante o voo, neutralizamos o veículo com controle total”, afirmou o major engenheiro Robson Coelho de Oliveira, chefe da Divisão de Operações do CLA.
Detalhes do foguete e da missão
O foguete mede 21,8 metros, tem 1,4 metro de diâmetro e pesa 20 toneladas. A missão prevê o envio de cargas para a órbita baixa da Terra, a cerca de 300 quilômetros de altitude, com inclinação de 40 graus.
Ao todo, o veículo transporta oito cargas úteis. Cinco são pequenos satélites. Outras três são dispositivos experimentais, desenvolvidos por instituições do Brasil e da Índia.
A propulsão do Hanbit-Nano é híbrida, com uso de combustível sólido e líquido.



























