Helicóptero da Band faz pouso forçado; caso nos remete à morte de Ricardo Boechat

Helicóptero da Band, modelo Robinson R44 azul e branco, com danos na estrutura após pouso forçado em pátio de transportadora, em caso que nos remete à morte de Ricardo Boechat
Um helicóptero da Rede Bandeirantes — Band realizou um pouso de emergência no final da tarde desta segunda-feira (29). A aeronave, um Robinson R44, fazia a cobertura das chuvas em Guarulhos, na Grande São Paulo. De fato, o piloto buscou o pátio de uma transportadora após o motor perder potência. Todavia, não há como este episódio não trazer à nossa memória a morte de Ricardo Boechat. Ele era funcionário do grupo Bandeirantes e não sobreviveu à queda de um helicóptero, em 2019, conforme relatamos na parte final deste texto.
O Comandante Valdo percebeu a pane durante o voo e, imediatamente, adotou os procedimentos de segurança. Ainda que a manobra tenha sido rápida, o impacto causou danos pesados à estrutura do helicóptero da Band. Porém, todos terem saído com vida do acidente aéreo consiste na notícia mais importante deste caso.
Além disso, o repórter cinegrafista Julio Bailarino também estava a bordo. Logo após o choque, o Corpo de Bombeiros e o helicóptero Águia da PM chegaram ao local. Dessa forma, os profissionais receberam atendimento médico ainda no pátio da empresa, perto da Rodovia Dutra.
Sobreviventes internados
Segundo as equipes de resgate, Julio Bailarino sofreu lesão na coluna e fortes dores de cabeça. Por outro lado, o piloto saiu consciente, mas também relatou dores na coluna. Atualmente, ambos seguem internados para observação.
Rede Bandeirantes se manifesta

Visão do pátio da transportadora onde o helicóptero da Band realizou a manobra de emergência para o pouso forçado neste caso, que nos remete à morte de Ricardo Boechat e faz lembrar as circunstâncias de seu acidente
A Band afirma que a manutenção do aparelho estava em dia. No entanto, o SERIPA IV já abriu uma investigação técnica. Em resumo, o desfecho sem fatalidades, como já afirmamos, evitou uma tragédia ainda maior em uma área urbana movimentada.
Episódio remete à morte de Ricardo Boeachat
O acidente traz de volta à memória a trágica morte do jornalista niteroiense Ricardo Boechat, em 11 de fevereiro de 2019. Ele retornava de uma palestra em Campinas quando o helicóptero em que estava tentou um pouso de emergência. Infelizmente, ele não teve a mesma sorte e colidiu com um caminhão na Rodovia Anhanguera, em São Paulo.
Admirado por colegas assim como pelo público, Boechat era a voz principal da Rede Bandeirantes na TV e na rádio BandNews FM.

O acidente desta segunda-feira (29) evoca o trauma da perda de Ricardo Boechat, falecido em uma queda de helicóptero em 2019.
A aeronave e o acidente
Modelo: Era um Bell 206B, prefixo PT-HPG.
O Impacto: Diferente do caso em Guarulhos, onde o piloto conseguiu pousar em um pátio, a aeronave de Boechat não alcançou uma área livre. O helicóptero chocou-se contra a parte frontal de um caminhão que saía do pedágio.
Vítimas: Além de Boechat, o piloto Ronaldo Quattrucci também faleceu no local.
Causas do acidente de Boechat
A investigação técnica realizada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos — CENIPA, apontou falhas graves. A princípio, considerando a nota divulgada pela Band, as situações envolvendo o helicóptero neste fato atual é completamente diferente do que vamos ler abaixo.
Porém, como em todos os acidentes aéreos, a palavra final sempre é do CENIPA
Manutenção Deficiente
O relatório final indicou que o compressor do motor operava com peças vencidas e sem os devidos registros.
Erro de Gestão
A empresa proprietária da aeronave não tinha autorização para realizar táxi-aéreo, apenas serviço privado.
Pane no Motor
O motor parou em pleno voo, o que forçou a tentativa desesperada de pouso na rodovia.
Nossa visão
“O susto em Guarulhos evoca o trauma de 2019, quando o jornalismo perdeu Ricardo Boechat. Naquela ocasião, uma pane de motor na Rodovia Anhanguera resultou em uma tragédia sem sobreviventes. Contudo, ao contrário do desfecho fatal de cinco anos atrás, a perícia do Cmte Valdo nesta segunda-feira (29) garantiu que a tripulação saísse consciente do impacto.”


























