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UFF lança graduação em Inteligência Artificial em Niterói

UFF lança graduação em Inteligência Artificial em Niterói | Paula Fernandes/SCS/UFF

A graduação em Inteligência Artificial da UFF vai começar a funcionar em Niterói no primeiro semestre de 2026. O curso, vinculado ao Instituto de Computação, chega com proposta moderna e foco na criação de soluções para desafios complexos usando métodos avançados de análise de dados e ferramentas de IA.

Curso reforça posição estratégica da UFF na tecnologia

A abertura coloca a UFF entre as universidades públicas que investem em áreas decisivas para o avanço científico e econômico do país. A proposta ganhou forma após um processo interno que reuniu mais de 500 participantes, incluindo docentes, técnicos, estudantes e pesquisadores.

O reitor Antonio Claudio da Nóbrega afirma que o novo bacharelado acompanha o movimento de modernização da universidade. Ele destaca ações paralelas desenvolvidas pelo grupo responsável, como o manual de boas práticas para uso de IA generativa e um podcast voltado ao letramento digital da comunidade acadêmica.

Formação mira inovação e pensamento crítico

Para o professor José Raphael Bokehi, integrante da equipe que estruturou o curso, a graduação responde ao avanço da IA em setores como saúde, direito, engenharia, serviços públicos e indústria criativa. Ele explica que a proposta integra ciência de dados e IA, estimulando também uma compreensão crítica sobre os impactos sociais dessas tecnologias.

A matriz curricular tem nove períodos e três mil horas de formação. O curso combina disciplinas obrigatórias, optativas, práticas, ações de extensão e pesquisa. A carga inclui ainda 156 horas de atividades complementares e 300 horas dedicadas a projetos de extensão.

Segundo Bokehi, o objetivo é equilibrar qualificação técnica e responsabilidade social, preparando profissionais capazes de lidar com grandes volumes de dados sem perder de vista a ética e o impacto humano da tecnologia.

IA já faz parte da rotina escolar em Niterói

Enquanto a universidade avança na oferta da nova formação, o uso de inteligência artificial cresce entre estudantes da cidade. Dados do Cetic.br mostram que sete em cada dez alunos do ensino médio no Brasil usam ferramentas de IA generativa, como ChatGPT, Copilot e Gemini, principalmente para pesquisas.

Em Niterói, a tecnologia aparece em tutoriais, atividades escolares e plataformas de correção. Educadores reconhecem o potencial, mas defendem limites e políticas claras.

A psicóloga e pedagoga Luiza Sassi, diretora do Instituto GayLussac, afirma que o impacto é positivo quando há letramento digital. A escola restringe o uso da tecnologia antes dos 13 anos para evitar prejuízos ao desenvolvimento cognitivo.

Ela explica que alunos mais velhos podem se beneficiar de treinos personalizados. A IA ajuda a identificar matérias que exigem reforço e orienta o foco nos conteúdos mais desafiadores.

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