Rio de Janeiro - Capital

Crianças convivem com corpo da irmã em Piedade

Crianças convivem com corpo da irmã em Piedade | Reprodução

Dois irmãos, de 5 anos e 8 meses, conviveram com o cadáver da irmã, já em estado de esqueletização, dentro de uma casa na Rua Pequi, no Murro do Urubu, em Piedade, Zona Norte do Rio. A informação consta na decisão da juíza Laura Noal Garcia, desta sexta-feira (5). O caso veio à tona após a prisão da mãe na quarta-feira (3).

Decisão da Justiça

Na decisão, a juíza afirmou que a custódia cautelar é necessária para garantir a instrução criminal, preservar a integridade física e psíquica das crianças e assegurar que as testemunhas compareçam às audiências livres de temor.

A magistrada relatou que vizinhos e parentes já conheciam a negligência da mãe, que fazia uso de substâncias entorpecentes e mantinha os filhos sem higiene e alimentação. A criança morta, de 8 anos, era portadora de deficiência física.

Além disso, a investigação apontou que os irmãos menores conviveram com o cadáver e eram deixados sozinhos à noite, enquanto a mãe saía. Ela também impediu a entrada do conselho tutelar e da assistência social diversas vezes. A morte foi descoberta quando vizinhos invadiram a residência.

“Após denúncias de maus-tratos, a custodiada impediu, por diversas vezes, a entrada de assistente social e do conselho tutelar. No mais, vizinhos arrombaram a porta da casa e constataram a vítima em estado de esqueletização em cima da cama”, descreveu a juíza.

Prisão preventiva

A prisão em flagrante da mãe foi convertida em preventiva nesta sexta-feira. A juíza negou pedido de prisão domiciliar, considerando que a mulher representa risco aos filhos. Ela vai responder por ocultação de cadáver e feminicídio, segundo a Polícia Civil.

“Indefiro o pedido de liberdade provisória e converto a prisão em flagrante em prisão preventiva, como forma de garantia da ordem pública”, afirmou a magistrada.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. A Polícia Militar do 3º BPM (Méier) informou que a mulher foi detida por populares no dia da prisão.

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