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Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Paquetá vão ficar sem água essa semana

Imagem mostra a Estação de Tratamento do Sistema Imunana-Laranjal, que é responsável pelo fornecimento de água para cidades do Leste Fluminense, tais como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, assim como parte de Maricá — distritos de Inoã e Itaipuaçu — e Ilha Paquetá, pertencente ao Rio de Janeiro. Sua interrupção, seja por manutenção ou problema técnico, deixa todas essas cidades sem o fornecimento de água, afetando distribuidoras como Águas do Rio e Águas de Niterói, além da própria Cedae.

Manutenção anual da Cedae no Sistema Imunana-Laranjal depende do desligamento total da desta Estação de Tratamento de Água (ETA) que atende dois milhões de pessoas, estando, até então, prevista para ocorrer nessa quinta-feira (16), resultando em falta d’água em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Inoã, Itaipuaçu e Ilha de Paquetá  | Luis Alvarenga/Governo do Rio

A operação anual de manutenção da Cedae no Sistema Imunana-Laranjal vai ter, como resultado, a suspensão do abastecimento em todo Leste Fluminense, deixando as cidades de Niterói — atendida pela distribuidora Águas de Niterói — e  São Gonçalo, pela Águas do Rio — totalmente sem fornecimento de água. A ação, de caráter preventivo, acontece na quinta-feira (16), afetando ainda Itaboraí, bem como Maricá nos distritos de Inoã e Itaipuaçu. No Rio de Janeiro, apenas a Ilha de Paquetá terá o fornecimento de água interrompido.

Conforme informações da própria Cedae, a manutenção está prevista para ter início ainda na madrugada de quinta-feira, às 4h da manhã. A concessionária prevê que o serviço termine na noite do mesmo dia, por volta das 22h. Nesse período, 200 profissionais vão executar mais de 40 serviços.

“As correções preventivas minimizam o risco de falhas que possam interromper a produção de água, assegurando a continuidade da operação em períodos de alta demanda, como o verão. O objetivo é garantir um sistema mais seguro, moderno e preparado para atender com qualidade mais de 2 milhões de habitantes da porção leste da Baía de Guanabara”, diz comunicado da companhia.

Durante a paralisação do sistema Imunana-Laranjal, a Cedae fará ajustes em seus sistemas automatizados, assim como inspeções de segurança. A concessionária também promete executar melhorias estruturais ao mesmo tempo em que fará reparos em tubulações. Além disso, afirma que vai realizar revisão e limpeza de reservatórios, filtros e canais.

População deve estar preparar para imprevistos

Como de costume, a Cedae recomenda à população que reserve água para o período. Igualmente, pede que o consumidor adie tarefas não essenciais que exijam grande consumo. Por fim, fala sobre como ocorrerá a volta da operação do sistema.

“A operação do sistema será retomada de forma gradativa após a conclusão dos serviços, mas a Companhia recomenda à população que reserve água para o período, adiando tarefas não essenciais que exijam grande consumo”.

Em se tratando de abastecimento de água, principalmente no Leste Fluminense duas palavras não tem funções sinônimas: fornecimento e distribuição. Isso porque quem atua como fornecedora de água para toda a  região é a Cedae. Todavia, quem atua na distribuição de água são as concessionárias: Águas do Rio, para São Gonçalo, parte de Maricá e Ilha de Paquetá; e Águas de Niterói, para Niterói.

Sobre isso, a Cedae explica:

A distribuição de água nas localidades atendidas é de responsabilidade das concessionárias Águas do Rio e Águas de Niterói, de acordo com as respectivas áreas de atuação”.

A partir do momento em que a Cedae retoma o fornecimento de água, cabe às concessionárias — que atuam na distribuição — estabelecer critérios de entrega do produto aos seus clientes. Logo, a Cedae não tem ingerência sobre as decisões da Águas de Niterói e Águas do Rio sobre qual rua ou bairro terá atendimento primeiro ou por último.

Fala elétrica adiou volta d’água após manutenção preventiva em 2024

No ano passado, essa manutenção preventiva anual no sistema Imunana-Laranjal  aconteceu entre 31 de outubro e 1º de novembro, terminando três horas antes do previsto. Entretanto, uma falha na entrada de energia elétrica, registrada logo depois, interrompeu a retomada do abastecimento das cidades.

Como o fato aconteceu pela madrugada, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu), tal qual Paquetá, no Rio de Janeiro, amanheceram sem água. A responsabilidade da falha, inicialmente foi atribuída pela Cedae à Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica, imprescindível para acionamento das bombas d’água.

Por outro lado, a Enel disse ao Folha do Leste que se tratava de problema técnico interno da ETA de Imunana-Laranjal, da Cedae.

Em meio ao jogo de empurra, a situação teve solução apenas no final da tarde, com o sistema atingindo 100% de fornecimento apenas à noite. Tal fato afligiu centenas de milhares de pessoas. 


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