Brasil lidera casos de chikungunya nas Américas em 2025

Brasil lidera casos de chikungunya nas Américas em 2025 | Reprodução/EBC
O Brasil concentra quase 96% dos casos de chikungunya confirmados nas Américas neste ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O país também representa 72% das mortes pela doença no mundo.
Entre 1º de janeiro e 20 de setembro, o Brasil registrou 96.159 casos confirmados e 111 óbitos. No mesmo período, as Américas contabilizaram 228.591 casos suspeitos, com 100.329 confirmados e 115 mortes.
Em nível global, foram 445.271 casos e 155 mortes em 40 países, incluindo infecções autóctones e importadas.
Fatores para o avanço da doença
A OMS atribui o aumento dos casos à expansão dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, agravada por:
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Urbanização desordenada
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Falta de saneamento básico
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Programas de controle de vetores falhos
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Mudanças climáticas
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Maior mobilidade humana e comércio internacional
A distribuição da doença é heterogênea. Algumas regiões, como Filipinas, registraram queda de 78% nos casos, enquanto Indonésia apresentou aumento de 158%. Na China, a província de Guangdong registrou 16.452 casos autóctones, o maior surto documentado no país até o momento.
Sintomas e grupos de risco
O vírus chikungunya é transmitido pela picada de fêmeas do Aedes infectadas. Os sintomas incluem:
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Febre de início abrupto
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Manchas vermelhas na pele
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Dor intensa nas articulações, que pode durar semanas ou meses
Grupos de maior risco incluem recém-nascidos, idosos e pessoas com comorbidades como diabetes e doenças cardiovasculares. Não há tratamento antiviral específico; são utilizados medicamentos para alívio da dor e febre.
Vacina aprovada no Brasil
Em abril de 2025, o Brasil aprovou a primeira vacina contra a chikungunya, desenvolvida pela Valneva e fabricada na Alemanha. O imunizante contém microrganismos vivos enfraquecidos, que estimulam o sistema imunológico sem causar a doença.
O registro no país foi feito em parceria com o Instituto Butantan. A Anvisa autorizou a aplicação para maiores de 18 anos, mas a vacina ainda não está disponível comercialmente.
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