Bloqueio no Orçamento 2025 cai para R$ 7,7 bi após ajustes fiscais

Bloqueio no Orçamento 2025 cai para R$ 7,7 bi após ajustes fiscais | Antônio Cruz/ Agência Brasil/Arquivo
O bloqueio no Orçamento 2025 caiu para R$ 7,7 bilhões e marcou o ajuste mais relevante desde o início da revisão fiscal do governo. A mudança indica que a equipe econômica tenta equilibrar o caixa enquanto reforça o compromisso de entregar déficit zero no próximo ano.
Segundo o Ministério do Planejamento, a redução ocorreu após cortes em despesas discricionárias e a reavaliação de gastos obrigatórios, movimento que redesenha o ritmo da execução orçamentária e pressiona menos os ministérios.
Ajuste reconfigura o caixa do governo
O governo diminuiu o bloqueio de R$ 12,1 bilhões para R$ 7,7 bilhões. Desse total, R$ 4,4 bilhões seguem travados e R$ 3,3 bilhões foram contingenciados pela piora no resultado fiscal previsto para 2025.
O corte se apoiou em uma decisão central: cancelar R$ 3,8 bilhões em despesas não obrigatórias para cobrir gastos fixos que cresceram acima do esperado. A revisão também reduziu em R$ 4 bilhões a estimativa de despesas obrigatórias, impulsionada por quedas em benefícios previdenciários e subsídios.
Contingenciamento volta após piora da meta
O contingenciamento, que estava zerado, chegou a R$ 3,3 bilhões. O motivo: a nova projeção de déficit primário atingiu R$ 34,3 bilhões, acima do limite de R$ 31 bilhões permitido pelo arcabouço fiscal.
O governo atribui a diferença ao déficit das estatais e à queda das receitas líquidas.
Projeções atualizadas mostram recuo em receitas
As receitas primárias caíram para R$ 2,922 trilhões. Já as despesas subiram para R$ 2,418 trilhões, reforçando o desequilíbrio.
Mesmo assim, algumas receitas avançaram, como dividendos de estatais (alta de R$ 3,6 bilhões) e concessões (alta de R$ 88 milhões). Royalties recuaram R$ 1,8 bilhão.
Painel dos principais números
Receitas primárias: R$ 2,922 tri
Despesas totais: R$ 2,418 tri
Gastos obrigatórios: R$ 2,204 tri
Despesas discricionárias: R$ 215,4 bi
Déficit primário previsto: R$ 34,3 bi
Alívio parcial chega aos ministérios
O corte total caiu de R$ 8,3 bilhões para R$ 7,7 bilhões.
O Executivo teve liberação de R$ 501 milhões, e as emendas congeladas recuaram R$ 149 milhões.
Próximos passos
O governo divulgará até o fim de novembro o detalhamento das pastas que terão liberação parcial. O TCU também autorizou o Executivo a contingenciar recursos para perseguir o piso da meta, ainda pendente de decisão final do plenário.
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