
Foto: Divulgação – Prefeitura de Niterói
Em meio às comemorações dos 450 anos da cidade de Niterói, profissionais da educação da rede municipal anunciaram uma greve de 24 horas, programada para esta quarta-feira (22).
A decisão, anunciada pelo sindicato que representa a categoria (Sepe-Niterói), é motivada por diversas reivindicações relacionadas à valorização salarial, melhores condições de trabalho e mudanças estruturais na rede de ensino.
O movimento, liderado por cozinheiras escolares, auxiliares de portaria, auxiliares de serviços gerais, agentes administrativos e agentes de coordenação de turno, destaca a necessidade urgente de reconhecimento e valorização desses profissionais, que alegam estar enfrentando condições precárias e desvalorização em seus postos de trabalho.
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Entre as demandas apresentadas, destacam-se a busca por valorização salarial e profissional, a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, melhores condições de trabalho, a mudança de nomenclatura de merendeiras para cozinheiras escolares, com garantias de jornada e aprimoramento nas condições laborais, além do pleito por adicional de periculosidade para auxiliares de portaria.
Os profissionais argumentam que, apesar de desempenharem papéis cruciais no funcionamento da educação, têm sido relegados a condições desfavoráveis em comparação a outros setores. Ressaltam que a falta de reconhecimento e a precarização dos espaços de trabalho têm levado a problemas de saúde e que a situação exige medidas urgentes.
Os auxiliares de portaria, em particular, enfatizam as condições perigosas em que trabalham diariamente, lidando com a violência social e zelando pela segurança nas escolas e UMEIs. Já as Cozinheiras Escolares reivindicam há anos a mudança de nomenclatura, uma jornada de 30 horas e condições dignas para o exercício de suas funções.
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Agentes administrativos e agentes de coordenação de turno relatam modulações de trabalho exaustivas, enquanto os auxiliares de serviços gerais expressam preocupação com a extinção de sua função, agravada pela ausência de concursos há anos. Outra pauta defendida pelos profissionais é a climatização de todas as escolas municipais.
Município se manifesta
A Fundação e Secretaria Municipal de Educação informaram que as aulas serão mantidas. Segundo os órgãos, a valorização do magistério é garantida no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, um dos melhores do país.
Em relação à pauta das merendeiras, a FME e SME disseram que a greve anterior foi considerada ilegal pela Justiça e a categoria, através do sindicato, já foi notificada que não haverá mudança de nomenclatura ou redução de carga horária.
A FME e SME salientaram que respeitam o processo democrático e prezam pelo diálogo permanente na busca de soluções para os desafios que levem à educação pública de qualidade.