A professora Carol Magalhães, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), viveu momentos terríveis durante um voo de Dubai para São Paulo. Em relato feito nas redes sociais, ela denunciou um passageiro que se masturbou ao seu lado durante a viagem.
Carol estava no assento do meio, enquanto seu marido dormia na poltrona próxima à janela. O suposto importunador estava sentado na cadeira do corredor. A professora percebeu os movimentos suspeitos do homem, que estava coberto assistindo a um filme.
Após alguns minutos tentando entender a situação, Carol acordou o marido, que confirmou a sua preocupação. O marido, então, foi procurar ajuda com uma comissária de bordo, enquanto o suposto importunador questionava Carol sobre o ocorrido. Assustada, ela não respondeu.
A comissária acionou um superior da equipe, mas a denúncia não foi levada a sério. Ao contrário, o funcionário da Emirates tratou o suposto importunador como vítima e questionou se ele desejava denunciar Carol e seu marido à polícia.
“Leia mais notícias sobre Brasil aqui”
Carol ficou abalada com o ocorrido e decidiu formalizar uma denúncia na Polícia Civil de São Paulo e na própria Emirates. Além disso, ela compartilhou o relato nas redes sociais para alertar outras mulheres sobre essa situação de violência.
A Emirates, por sua vez, afirmou que não tem registro da denúncia e que a segurança e o bem-estar dos passageiros são prioridades para a empresa. A Polícia Civil encaminhou o caso para a Polícia Federal.
É importante diferenciar assédio sexual, importunação sexual e estupro. O assédio ocorre no ambiente de trabalho, com diferença hierárquica entre agressor e vítima. Já a importunação sexual é qualquer ato sexual praticado contra a vontade da vítima, como toques não consentidos. O estupro envolve violência ou grave ameaça.
Para denunciar casos de assédio, a vítima deve procurar ajuda nos recursos humanos da empresa e denunciar nos órgãos de defesa da mulher. Já a importunação sexual e o estupro devem ser comunicados imediatamente à polícia.