A Polícia Civil está investigando a morte de Amanda da Silva Barros, de 30 anos, durante um procedimento médico em São Gonçalo, na última quinta-feira (09).
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Amanda estava realizando a aplicação de um balão intragástrico em uma clínica no Centro da cidade, quando o incidente ocorreu. O caso está sendo apurado pela 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo).
Procedimento médico e circunstâncias da morte
O delegado titular da 72ª DP, Fabio Luiz da Silva Souza, informou que o procedimento ocorreu na Clínica Endoscorpus, que oferece serviços médicos e de endoscopia. As primeiras informações indicam que o estabelecimento estava em funcionamento regular, e os agentes realizaram perícia no local. A investigação também inclui a análise do corpo de Amanda.
A médica, a anestesista e a equipe responsável pelo procedimento, assim como o marido da vítima, já prestaram depoimento. A Polícia Civil está investigando se a médica estava devidamente habilitada para realizar o procedimento, acionando o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) para confirmar sua qualificação.
Investigação sobre o funcionamento da clínica
A proprietária da clínica também foi ouvida pela polícia, e a documentação do estabelecimento está sendo analisada. A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo informou que a clínica havia solicitado a revalidação da Licença de Funcionamento Sanitário da Vigilância Sanitária Municipal em dezembro de 2024, mas ainda não apresentou todos os documentos necessários.
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Fiscais da Vigilância Sanitária realizaram inspeção no local no dia 17 de dezembro, constatando a falta de alguns documentos e dando prazo até o dia 17 de janeiro para que as adequações fossem feitas.
No entanto, a Secretaria afirmou que não foram encontradas irregularidades estruturais na clínica. Até o momento, não há informações sobre o sepultamento de Amanda.
Detalhes sobre o procedimento realizado
O balão intragástrico utilizado no procedimento realizado com Amanda é descrito no site da Clínica Endoscorpus como um método minimamente invasivo e sem cirurgia. O balão de silicone é inserido via endoscopia, ocupando uma parte do estômago e ajudando a controlar a nutrição e prolongar a sensação de saciedade. O procedimento deve ser realizado por um médico endoscopista, com sedação ou anestesia administrada por um médico anestesista.
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Esse tipo de procedimento é recomendado para pacientes com sobrepeso que buscam alternativas à cirurgia bariátrica, para aqueles que não desejam se submeter a uma cirurgia ou para os que precisam reduzir os riscos associados à anestesia e cirurgia bariátrica.