Um policial rodoviário federal, que está afastado da PRF há 11 anos devido a um processo disciplinar, foi flagrado tentando entrar no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, onde uma menina de 3 anos, baleada por um agente da corporação, está internada. O policial, identificado como Newton Agripino de Oliveira Filho, também enfrenta acusações de injúria e ameaça feitas por um corretor de imóveis.
Segundo a PRF, um procedimento foi aberto contra Newton na corregedoria da corporação após sua entrada no hospital. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o policial enfrenta um processo administrativo disciplinar.
Em 2009, ele foi afastado do cargo devido a uma investigação sobre exercício ilegal da advocacia e improbidade administrativa. Apenas em fevereiro de 2020, por ordem do então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, Newton foi reintegrado à PRF.
As câmeras de segurança do hospital registraram o momento em que Newton entrou no CTI, ignorando os seguranças que tentavam impedi-lo. De acordo com a Prefeitura de Duque de Caxias, ele só foi parado quando abordado pelo coordenador de segurança, que o informou de que não tinha permissão para acessar a área.
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O coordenador, em seguida, conduziu o policial até a sala da equipe médica responsável, onde estavam presentes agentes do Ministério Público Federal (MPF). O MPF está realizando sua própria investigação sobre o episódio em que a menina foi baleada e está apurando os motivos da entrada do policial no hospital.
A menina continua internada em estado gravíssimo no CTI do HMAPN. No entanto, a presença de Newton no hospital ainda não teve sua motivação esclarecida.
Vale ressaltar que ele não faz parte dos três policiais envolvidos no incidente em que a criança foi baleada. Além disso, Newton enfrenta um processo na Justiça por injúria e ameaça contra o corretor de imóveis Rossini Maia.
O episódio ocorreu quando o policial tentou visitar uma obra de propriedade da namorada de Maia, mas foi impedido por seguranças.
Após uma série de confrontos, Maia alega ter sido ofendido e ameaçado pelo policial.