Mercado reduz projeção da inflação e IPCA volta ao nível da meta

Mercado reduz projeção da inflação e IPCA volta ao nível da meta | José Cruz/Agência Brasil
A previsão do IPCA voltou a ceder e reforçou o cenário de descompressão dos preços após o mercado revisar a inflação oficial para 2025. O novo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, indica que a taxa esperada caiu de 4,45% para 4,43%, alcançando novamente o intervalo da meta após semanas de alívio.
Mercado ajusta projeções após inflação histórica em outubro
O corte aparece pela terceira semana seguida, impulsionado pelo resultado de outubro, que registrou 0,09%, o menor para o mês em quase 30 anos, segundo o IBGE. O acumulado em 12 meses caiu para 4,68%, abaixo dos 5% pela primeira vez em oito meses.
Apesar da desaceleração, a inflação ainda permanece acima do teto da meta do Conselho Monetário Nacional, que fixa 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.
As projeções seguintes mostram estabilidade:
– 2026: de 4,18% para 4,17%
– 2027: 3,8%
– 2028: 3,5%
Selic deve continuar alta, apesar do alívio
Mesmo com a melhora no IPCA, o Banco Central mantém a Selic em 15% ao ano, decisão tomada pelo Copom na reunião anterior. O cenário internacional instável, principalmente por causa da política econômica dos Estados Unidos, pressiona as condições financeiras globais.
A autoridade monetária afirma que não descarta uma nova alta dos juros se considerar necessário.
Analistas do mercado projetam a Selic assim:
– 2025: 15%
– 2026: 12%
– 2027: 10,5%
– 2028: 9,5%
Como a Selic muda o ritmo da economia
Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro. A demanda esfria, a poupança cresce e os preços desaceleram, mas a economia também perde força. Os bancos ainda ajustam seus juros considerando inadimplência, risco e custos internos.
Quando a taxa cai, o movimento se inverte: crédito mais barato, produção estimulada e consumo aquecido — porém com menor controle inflacionário.
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