Armamento apreendido na operação – Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu, nesta segunda-feira (29), Jefferson Araujo dos Santos, o “Chica”. A corporação o apontou como chefe da milícia que explora territórios de Seropédica. O criminoso estava envolvido no confronto que vitimou o estudante niteroiense Bernardo Paraiso, de 24 anos, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no início de abril.
Equipes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) capturaram o bandido em em Seropédica, na Baixada Fluminense. Na ação, outro criminoso, que seria braço direito de “Chica”, também foi preso.
A operação contou ainda com a participação de agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da 27ª DP (Vicente de Carvalho), do departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), do 1º Departamento de Polícia de Área (DPA) e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
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Durante as diligências, os agentes apreenderam dois fuzis, 11 carregadores de fuzil, mais de 100 munições, rádios comunicadores e dois coletes balísticos, além de um automóvel clonado.
Foto: Reprodução
Segundo as investigações, “Chica” teria se aliado a traficantes de uma facção criminosa, formando uma narcomilícia. Ele assumiu o controle do grupo que explorava a região após a morte do miliciano Tauã de Oliveira Francisco, o “Tubarão”, neutralizado durante uma ação da Polícia Civil, no início de fevereiro.
Na operação desta segunda, os criminosos tentaram fugir, pulando para a casa de vizinhos, mas o cerco foi realizado com sucesso no local e ambos foram presos. Ele e seu comparsa vinham sendo monitorados desde o tiroteio ocorrido em Seropédica.
As investigações demonstraram que ambos participaram do confronto, provocado por dois grupos de criminosos rivais que se enfrentaram. Outros três criminosos já tinham sido presos, e outros foram identificados e são procurados.
Confronto mata estudante
Bernardo Paraiso morreu durante um tiroteio no Centro da cidade, em 8 de abril. O fato aconteceu a menos de 200 metros da Câmara de Vereadores da cidade.
Foto: Estudante tinha 24 anos – Foto: Arquivo Pessoal
Natural de Niterói, o jovem estudava biologia na universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), cujo campus funciona na cidade. Segundo testemunhas, ele estava frente a um supermercado, onde tinha ido fazer compras. Porém, teve a vida ceifada a tiros.
Além disso, próximo ao seu corpo, havia uma granada, sem pino, que, milagrosamente, não explodiu. Isso poderia ter ceifado a vida de outras pessoas.
Disputa sangrenta
O controle das áreas dominadas por milicianos em Seropédica se intensificou, Começou com a morte de um rival, Tauã de Oliveira Francisco, o Tubarão, em fevereiro desse ano. Depois dele, a de seu sucessor, Ricardo Coelho da Silva, o cientista.
Desde a prisão de Zinho, outros três integrantes do alto escalão das milícias morreram assassinados. Tratam-se de Sérgio Rodrigues da Costa, o Sérgio Bomba; Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit; e Jairo Batista Freire, o Caveira.
