Presidente em exercício Geraldo Alckmin abre evento preparatório da COP30 em Brasília nesta segunda (13/10) para reforçar compromissos do Brasil
Geraldo Alckmin abre a Pré-COP — último evento antes da COP-30 — às 9h desta segunda (13/10), em Brasília, na qualidade de presidente em exercício do Brasil | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
A Cerimônia Oficial da Pré-COP marcada para esta segunda-feira (13), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), às 9h, terá sua abertura realizada pelo presidente do Brasil em exercício, Geraldo Alckmin. A informação teve confirmação ontem (domingo) pela assessoria da presidência da República, devido à viagem internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Esse encontro, apesar de preparatório, tem fundamental importância para o sucesso da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Principalmente, por se tratar do último evento antecedendo o principal, no mês que vem, em Belém, no Pará.
No exercício da Presidência da República, Geraldo Alckmin representa o governo federal enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da Primeira Dama, Dona Janja da Silva, cumpre agenda oficial em Roma, na Itália.
Lula chegou à Europa ontem, mas já deu início nesta segunda-feira à sua agenda oficial. Ele vai discursar no Fórum Mundial da Alimentação 2025, destacando, principalmente, a exclusão do Brasil do Mapa da Fome. Antes do encontro, contudo, o chefe de estado visitou o Papa Leão XIV no Vaticano, nesta manhã. O presidente reforçou o convite ao sumo pontífice para participar presencialmente da COP30.
Presidente Lula e Dona Janja visitam Papa Leão XIV no Vaticano. Durante reunião, que aconteceu pela manhã (por volta de 8h30 no horário local), chefe de estado do Brasil reforçou convite ao Santo Padre para participar da COP-30, em Belém | Ricardo Stukert/Presidência da República
Alinhamento internacional para a COP30
A Pré-COP consiste em uma reunião ministerial que reúne delegados e observadores de países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Funciona, sobretudo, como um espaço de articulação técnica e política, com objetivo de impulsionar avanços em temas estratégicos. Por exemplo, financiamento climático, transição energética, adaptação e preservação da biodiversidade.
Como o encontro não integra o calendário oficial do secretariado da Convenção do Clima, as discussões priorizam delegações que coordenam grupos regionais. Mesmo assim, a capital federal recebe cerca de 500 representantes de 50 países durante os dois dias de evento — segunda (13) e terça-feira (14).
Compromissos climáticos em destaque
Um dos principais pontos de atenção nesta fase de preparação consiste na entrega das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Em suma, tratam-se dos compromissos de cada país no combate às mudanças do clima.
Até a última sexta-feira (10), apenas 62 dos 196 países signatários apresentam suas metas atualizadas. Por outro lado, China e Índia, grandes emissores de gases de efeito estufa, ainda não oficializam seus planos, gerando grande preocupação entre os organizadores da COP30.
Brasil assume protagonismo diplomático
Na dianteira dos discursos climáticos no mundo, o Brasil consolida sua posição de liderança nas negociações climáticas internacionais. O governo defende uma transição energética justa, o financiamento para países em desenvolvimento e ações efetivas de preservação da Amazônia como pilares da política ambiental brasileira.
Durante a Rio 92, Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, representantes de 179 países consolidaram uma agenda global para minimizar os problemas ambientais mundiais.
Desde então, cresceu a ideia do desenvolvimento sustentável, buscando um modelo de crescimento econômico e social aliado à preservação ambiental e ao equilíbrio climático em todo o planeta.
Nesse cenário, foi elaborada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Foram definidos compromissos e obrigações para todos os países (denominados Partes da Convenção), para garantir o cumprimento desses compromissos é necessário os recursos financeiros para custear as despesas.
