Mário Bittencourt, presidente do Fluminense. Foto: Lucas Merçon/FFC
No calor dos acontecimentos após o empate do Fluminense contra o Sporting Cristal, na última terça-feira (27), pela Libertadores, no Maracanã, o presidente do clube, Mário Bittencourt, se envolveu em uma polêmica com o jornalista Gabriel Amaral, do canal “Raiz Tricolor”.
Em uma publicação na rede social Instagram, o dirigente negou veementemente qualquer tipo de ameaça ao jornalista.
Nas últimas horas, fui alvo de ataques nas redes sociais motivados por afirmações inverídicas do youtuber Gabriel Amaral, que tem faltado com a verdade seguidamente. Não me dirigi a ele com ameaças (veja no vídeo deste post – passe para o lado para assistir), mas advertindo (energicamente) que ele estava abordando um jogador fora da zona mista determinada pela Conmebol no jogo contra o Sporting Cristal. Portanto, desrespeitando as regras da entidade. O jogador em cena era Felipe Melo, justamente o atleta que o desmentiu publicamente.
A intenção dele estava muito clara: tentar colocar panos quentes com Felipe Melo para se proteger da indignação do atleta com a “cagada” que havia feito na semana que passou. Atitude covarde, em especial, com a assessoria do clube que o trata sempre com profissionalismo e que o defendeu quando ele estava prestes a ser enquadrado por um comissário da Conmebol e ser retirado da zona mista.
Ao me aproximar, disse-lhe textualmente: Isso aqui não é zona mista não. Você sabe que não pode ficar aqui, cara. Você tá errado. Você tá errado. Você gosta de ficar dando porrada nos outros. Cumpre as porras que você não cumpre. Você tá errado. Foda-se. Você tá errado. Em seguida, após adverti-lo (de forma enérgica sim), eu disse: hoje você está me conhecendo.
No vídeo que gravou após o jogo, Gabriel se fez de vítima e atuou para me acusar de uma falta que não cometi – embora eu tenha sido enérgico sim em defesa do clube que torço, amo e defendo desde que me entendo por gente. Como visto no vídeo deste post, a versão de Gabriel é léguas distante da realidade.
Ademais, não nego que tenha me exaltado. Mas não o ameacei. Esta foi apenas mais uma inverdade do youtuber. Não foi a primeira vez que faltou com a verdade. Na semana passada afirmou, às vésperas do jogo mais importante do ano, que havia um desentrosamento e isolamento entre Marcelo e o restante do elenco. Isso gerou indignação minha, do elenco e de muitos tricolores Brasil afora. Mas me mantive em silêncio para não criar distúrbios maiores. Quanto ao elenco e à comissão técnica, cada um se manifestou na medida de sua indignação. Diante da revolta generalizada, sentiu-se pressionado”, disse Mário Bittencourt em sua defesa.
Opinião do FOLHA DO LESTE
Este incidente expõe a tensão existente entre os dirigentes esportivos, treinadores, jogadores e a imprensa. É Bom frisar que os jornalistas merecem respeito. Repórteres trabalham muito para conquistar fontes, apurar informações, pois essa é a forma de transformar fatos em notícia e publicá-los. Principalmente quando as pautas se tratam do que acontece nos bastidores do futebol, sendo esse o modo manter o torcedor informado. Também, a maneira de cobrar transparência das instituições.
O Fluminense, um dos grandes clubes do futebol brasileiro, não está imune a esse tipo de conflito. Isto gera questionamentos sobre a forma como a diretoria lida com a imprensa. E, ainda, como se mantém transparente com os seus torcedores no que se refere às questões internas.
Em qualquer empresa ou ambiente de relacionamento humano coletivo, existem incidentes internos, desavenças e dificuldades de relacionamento. A agressão ao jornalista só serve para endossar que há fogo de onde veio a fumaça que ele anunciou.
Nossa solidariedade ao jornalista Gabriel Amaral.
