A Prefeitura do Rio de Janeiro encerrou o contrato com a Creche Esperança devido à greve de funcionários por atrasos salariais. Segundo apuração desta quinta-feira (26), a prefeitura informou que os repasses financeiros à instituição estão em dia. No entanto, os pagamentos não foram repassados aos colaboradores.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (SME), “a Creche Esperança tem recebido os recursos corretamente, mas não tem cumprido suas obrigações trabalhistas. Diante disso, decidimos encerrar a parceria. Não toleramos instituições que desrespeitam os direitos dos trabalhadores”.
Realocação de alunos garantida pela prefeitura
Ainda segundo a SME, os alunos das unidades localizadas em Magalhães Bastos, Irajá, Fazenda Botafogo e Realengo serão transferidos para outras instituições.
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A prefeitura assegurou a continuidade das atividades escolares em 2025, garantindo o atendimento das crianças matriculadas do berçário ao maternal.
Denúncias de funcionários apontam falta de pagamento
Funcionários da Creche Esperança relataram que o 13º salário também está pendente.
Um dos professores afirmou que a direção adia constantemente as datas de pagamento, justificando os atrasos com bloqueios judiciais por dívidas trabalhistas.
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Em 1º de novembro, a instituição já havia enfrentado uma greve pelos mesmos motivos.
Pais apoiam greve e denunciam condições precárias
Nas redes sociais, pais de alunos manifestaram apoio à greve dos funcionários. Uma mãe afirmou:
“Elas estão certíssimas. Trabalham com amor, mesmo sem receber. Isso é revoltante”.
Ela também destacou que há pagamentos atrasados desde 2022.
Outra mãe relatou problemas na infraestrutura da creche, como falta de água e luz frequente.
“Meu filho está no último ano e já perdi as contas das vezes que ele ficou sem aula por falta de água”, disse.