A Secretaria de Ordem Pública (Seop) demoliu duas construções irregulares na comunidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (20). Os prédios, avaliados em mais de R$ 3 milhões, possuíam seis e sete andares. Contudo, não poderiam ser legalizados por estarem fora dos padrões de construção da região, que permitem até dois pavimentos.
Segundo a Ordem Pública do Rio, as obras não tinham autorização da Prefeitura e apresentavam indícios de execução sem acompanhamento técnico de profissional qualificado. As estruturas também apresentavam desnivelamento em relação ao nível do solo (declive), aumentando o risco de desabamentos.
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Os prédios estavam parcialmente habitados, mas a Prefeitura do Rio disse que houve notificação prévia, bem como anunciou que dará assistência às famílias pelas Secretarias de Habitação (Smh) e de Assistência Social (Smas).
“Essa é mais uma operação fundamental para combater construções irregulares, desta vez na Rocinha, uma área que sofre a influência do crime organizado, do tráfico de drogas. Nesse caso, além de preservar a vida das pessoas, considerando que são construções absolutamente ilegais, sem acompanhamento técnico em áreas de declive, a gente também asfixia financeiramente o crime organizado”, afirma o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.
A Seop estima um prejuízo de meio bilhão de reais às quadrilhas com as demolições em toda a cidade.
“Seguiremos fazendo esse tipo de operação, sempre com base nesses três pilares: preservação da vida, asfixia financeira do crime organizado e ordenamento da cidade”, finalizou Carnevale.