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Em tempos de redes sociais, inteligência artificial e influencers, a modernização parece ser o único caminho – ainda que, em alguns casos, seja mais um retrocesso do que realmente um avanço. O movimento olímpico, coordenado pelo Comitê Olímpico Internacional, procura manter-se “antenado”. Assim, por exemplo, em Tóquio tivemos a inclusão do skate e do surfe, para citar apenas dois (a escalada urbana é dura de suportar), que tiveram enorme sucesso. E foram excelentes para o Brasil, que faturou medalha.
Para Paris, teremos a canoagem slalom extreme e o breaking (isso mesmo, o hip-hop, a dança de rua estarão no programa olímpico). Em Los Angeles, 2028, deveremos ter o squash, o críquete, o lacrosse, o beisebol/softbol e o flag football (uma espécie de futebol americano, sem contato físico). A definição sairá na próxima semana, mas como cada cidade que organiza uma Olimpíada tem o direito de pedir a inclusão de alguns esportes, são dadas como certas as aprovações. Vem novidade aí.
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O que não podemos esquecer é que, há sete anos, o Rio de Janeiro recebeu uma Olimpíada. Sem tecer qualquer comentário aos possíveis descaminhos para que isso acontecesse, uma pergunta se impõe: por que não conseguimos emplacar o futsal, o velho e bom futebol de salão, como esporte olímpico, ao menos quando a Cidade Maravilhosa foi a sede dos Jogos Olímpicos? O que terá faltado no lobby para a inclusão daquele que é o quarto esporte mais praticado no mundo, presente em 170 países?
Não se pode dizer que foi o fato de ser brasileiro, porque o futsal nasceu no Uruguai, há quase 80 anos. Não se pode falar que foi para não colocar mais uma medalha no peito do Brasil porque, nos últimos anos, deixamos de ser hegemônicos na categoria. Qual terá sido, então, o obstáculo? Dizem as más línguas que o COI não quis colocar mais uma azeitona na empada da Fifa, que é quem comanda o futsal mundial. Será? Pode ser, alegações com fundamento, afinal de contas, o futebol na Olimpíada é sempre um problema (e a Fifa, óbvio, também).
Seja qual lá foi a razão, não tivemos o futsal nos Jogos Olímpicos do Rio, como tivemos o skate (este agora totalmente ratificado) a partir de Tóquio e deveremos ter o críquete de volta em Los Angeles 2028 – para alegria das nações e ex-colônias britânicas. Ou o flag football, que quando li, surpreendido, pensei que fosse algum jogo de criança em que saem correndo para roubar a bandeirinha do time adversário e levar para o outro lado do campo. Ignorância pura. Vou ter de estudar para poder entender, mas tenho tempo para isso…
