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Policial fala após dar tapa na cara de mãe que espancou criança

Policial fala após dar tapa na cara de mãe que espancou criança

Policial fala após dar tapa na cara de mãe que espancou criança de 11 anos, amparada e socorrida por vizinhos| Reprodução

O caso da mãe cruel que espancou brutalmente sua filha, de 11 anos, na cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, teve desdobramento. A policial militar que lhe deu uma bofetada no rosto, tomada por sentimento de revolta, se pronunciou sobre o caso.

Fabíola Aniely da Conceição publicou um vídeo em sua rede social, reconhecendo ter errado ao dar um tapa na mãe da criança. Porém, justificou sua atitude tomada por impulso, diante da crueldade que presenciou.

“Se for punida, eu vou cumprir. Eu vou cumprir porque estamos sujeitos à falha. Eu falhei, porém, atrás de uma farda, existem seres humanos. Enquanto o serviço de segurança pública for efetuado por pessoas e não for substituído por máquinas, robôs ou algo parecido, vai haver falhas, e, por trás de uma farda, existem pessoas, homem, mulher e mãe”, disse a policial.

Todavia, o que poderia motivar tamanha brutalidade? A mãe, de 27 anos, teria agredido a filha por estar dormindo e ter seu “sono de beleza” interrompido por uma briga entre os outros filhos, que jogavam videogame. Contudo, a menina acabou punida e surrada.

A violência foi tamanha que a criança precisou ser socorrida ao Hospital João Murilo de Oliveira, onde foi diagnosticada com hematomas, dificuldade para andar e luxações no braço. A atual situação da criança gera preocupações na policial militar, muito mais do que uma eventual punição pela agressão.

“Hoje minha maior preocupação não é o engajamento, não é a quantidade de xingamento que eu estou recebendo, não é se eu vou ser punida ou não. A minha principal preocupação é a saúde da criança, como é que ela está, porque ela sofreu agressões físicas e principalmente psicológicas”, declarou.

Punição

Sobre o caso, a Polícia Militar de Pernambuco se manifestou, em nota.

“Para qualquer procedimento administrativo de avaliação da conduta policial, o prazo para a apuração dos fatos é de 30 dias, podendo ser prorrogado. Outras informações sobre o caso serão repassadas após a conclusão do referido procedimento”.

Fabíola Aniely disse ter recebido apoio de colegas de farda do começo ao fim.

“Tanto os meus colegas que estavam de serviço no dia quanto os que estavam de folga, vem me ajudando até hoje. O oficial que estava no dia me deu maior apoio, o comandante do batalhão também, porém eu faço parte de uma instituição militar onde tem vários procedimentos que são de praxe”, relatou Fabíola.

Mãe cruel segue presa

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A mãe da menina, por sua vez, teve sua prisão preventiva decretada durante audiência de custódia, realizada ainda no sábado (27), durante o plantão judiciário, sob a acusação de lesão corporal por violência doméstica/familiar. Atualmente, ela se encontra na Colônia Penal Feminina do Recife, onde aguarda a continuação do inquérito, bem como eventual rito processual.

Criança protegida

A criança, entretanto, está sob atenção do Conselho Tutelar. Após receber alta do hospital, o Conselho Tutelar a levou para um lugar seguro e fora de onde sofreu a violência, aos cuidados da família extensa.

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Segundo a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos, bater na criança como forma de corrigí-la ou educá-la nunca é a melhor maneira. Ela prestou atendimento à criança agredida.

“Isso pode gerar não só sentimentos e revolta, mas traumas, que podem perdurar a vida inteira”, disse.

Ela também disse que jamais a genitora ou qualquer pessoa poderia fazer tamanha crueldade.

“O Conselho Tutelar continuará acompanhando o caso, encaminhando a criança e requisitando todos os serviços de proteção, para que a criança seja cuidada da melhor forma, que ela seja protegida e tenha seus direitos resguardados”, afirmou Alzenir

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