
Polícia prende PM e esposa por homicídio em Nova Iguaçu | Divulgação
A Polícia Civil e o Ministério Público realizaram, nesta terça-feira (10), a prisão do policial militar Alan Silva do Nascimento, de 39 anos, e sua esposa, Simone Conceição de Oliveira Nascimento, de 38 anos, em Nova Iguaçu. O casal é investigado pelo homicídio de Claudio Roberto Santos Silva, ocorrido em fevereiro de 2023, no mesmo município.
Além da acusação de homicídio, ambos foram presos em flagrante por envolvimento com tráfico de drogas. A operação contou com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar.
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De acordo com as investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o assassinato aconteceu após uma colisão entre a moto da vítima e o carro dos investigados.
As câmeras de segurança registraram o momento em que Claudio Roberto seguia pela Rua Oliveiros Rodrigues Alves, no bairro da Posse, quando colidiu com o Jeep Renegade branco do policial, ao cruzar a Rua Abadia.
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Segundo o Ministério Público, o casal perseguiu a vítima após o acidente. O veículo dos suspeitos emparelhou com a moto, e, após uma breve discussão, um dos ocupantes disparou contra Claudio Roberto, que foi atingido nas costas e morreu no local. O PM, lotado no 24º BPM (Queimados), é apontado como o autor dos disparos.
No decorrer da investigação, o casal negou participação no crime. Eles chegaram a apresentar um veículo semelhante ao envolvido na cena do crime, registrado no nome de Simone. No entanto, as características do automóvel, como a ausência de adesivos vistos nas imagens do crime, levantaram suspeitas.
Imagens de monitoramento rodoviário mostraram que, antes do assassinato, o veículo apresentava os adesivos que posteriormente foram removidos. As autoridades acreditam que a alteração foi feita para dificultar o trabalho da perícia, configurando fraude processual.
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Durante a operação desta terça-feira, agentes realizaram buscas no 24º BPM e na residência do casal. Na casa, foram encontrados um fuzil calibre .223, diversas munições, 159 embalagens contendo um pó branco que aparenta ser cocaína, além de telefones celulares e outros equipamentos eletrônicos que serão analisados pela perícia.
O casal foi indiciado por homicídio qualificado e fraude processual majorada. Além das prisões temporárias, ambos foram presos em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito. A Justiça também determinou o afastamento temporário do policial militar do cargo, assim como a suspensão de seu porte de armas, a pedido do Gaeco.
A Polícia Militar informou apenas que a Corregedoria Geral acompanhou a operação, mas não respondeu sobre quais providências serão tomadas em relação à prisão do agente.