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Polícia descarta racismo em abordagem a filhos de diplomatas no Rio

Polícia descarta racismo em abordagem a filhos de diplomatas no Rio

Polícia descarta racismo em abordagem a filhos de diplomatas no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro finalizou o inquérito sobre a abordagem policial a três jovens negros, filhos de diplomatas, ocorrida em julho na zona sul da cidade. A Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) concluiu que não houve racismo ou injúria racial na conduta dos policiais militares que abordaram os jovens.

De acordo com o relatório, os policiais não trataram os adolescentes de forma diferenciada por conta da cor da pele. Além disso, afirma que a revista ocorreu de maneira uniforme.

Detalhes

Os jovens estavam em turismo na cidade quando abordados por policiais no instante em que estavam na porta de um prédio em Ipanema, acompanhados de um amigo branco.

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Segundo a Polícia Civil, os depoimentos tanto dos adolescentes negros quanto do amigo branco não mencionaram o uso de xingamentos ou palavras ofensivas de cunho racial por parte dos policiais. As imagens das câmeras corporais dos PMs corroboraram a versão dos agentes de segurança. Eles alegaram estar procurando suspeitos descritos por um turista estrangeiro, vítima de roubo momentos antes.

Controvérsia 

Apesar das conclusões do inquérito, a advogada Raquel Fuzaro, que representa as famílias dos jovens, manifestou surpresa e indignação com o relatório. Segundo ela, o inquérito desconsidera evidências claras de uma abordagem discriminatória baseada em perfilamento racial.

Fuzaro destacou que o amigo branco dos jovens foi liberado sem sequer ser questionado, enquanto os adolescentes negros foram submetidos a uma abordagem violenta, incluindo armas apontadas para suas cabeças.

A advogada também apontou que a decisão gerou um sentimento de revitimização entre as famílias, que esperavam um reconhecimento oficial da discriminação sofrida pelos jovens. Para Fuzaro, o inquérito falha ao não reconhecer o que as imagens explicitamente mostram: um tratamento discriminatório que revela um claro perfilamento racial na ação policial.

Repercussão e Implicações

Em resumo, a conclusão do inquérito, ao isentar os policiais de qualquer conduta racista, levanta questões sobre a efetividade das investigações. Sobretudo, em casos de perfilamento racial e o reconhecimento institucional de práticas discriminatórias por parte das forças de segurança.

Por fim, o caso continuará representando um ponto de discussão sobre racismo estrutural e a necessidade de revisão de protocolos de abordagem policial. Especialmente, em contextos onde a cor da pele parece influenciar a forma como cidadãos são tratados pelas autoridades.

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