
Rio de Janeiro: Polícia Civil deflagra Operação Contenção contra facção violenta na Zona Oeste | Divulgação/Governo do RJ
O cerco apertou na Zona Oeste, pois na manhã desta terça-feira (8), a Polícia Civil deflagrou a Operação Contenção contra uma facção criminosa que vinha aterrorizando comunidades de Campo Grande, Santa Cruz, Guaratiba, Barbante, Catiri e Vila Kennedy. O grupo criminoso está sob comando de um ex-miliciano, cujo nome não foi divulgado. Bandidos dessa horda agem, sobretudo, com extrema violência para dominar territórios e expandir seu poder armado.
A ação, coordenada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), não se restringe a efetuar a prisão de criminosos. Além disso, quer desarticular toda a estrutura financeira, logística e operacional da quadrilha. Nesse sentido, agentes cumprem mandados de busca e apreensão em diversos pontos da região.

Polícia Civil tenta conter avanço de facção liderada por ex-miliciano e trava guerra na Zona Oeste do Rio /Governo do RJ
Segundo as investigações, a organização criminosa vinha crescendo com táticas típicas de guerra urbana. Por exemplo, coação de moradores, controle de serviços, comércio de drogas e violência sistemática para impor domínio.
De acordo com o governador Cláudio Castro, o sucesso da operação depende do destroncamento do grupo criminoso.
“A operação é fundamental para enfraquecer a espinha dorsal de uma facção que há tempos espalha medo e violência na Zona Oeste. Nosso compromisso é com a paz e a liberdade das comunidades”, afirmou o governador Cláudio Castro.
Facção atua como um exército paralelo
Com base em inteligência policial, o grupo investigado atua como uma verdadeira milícia híbrida, ao passo que trafica, extorque, controla territórios e desafia o poder público. A aliança com ex-milicianos deu à facção acesso à estrutura territorial e armamentista, anteriormente controlada por grupos paramilitares. Como resultado, a disputa por áreas-chave da Zona Oeste tornou-se o principal motor de confrontos recentes.
Moradores relatam que, nos últimos meses, a rotina em algumas comunidades era de toque de recolher, ruas vigiadas por homens armados e comércio coagido. Entretanto, a ação desta terça-feira tenta romper esse ciclo.
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Apesar do clima tenso, a polícia mantém a operação sob controle. Até o momento, não há registro de confrontos armados ou feridos. O balanço oficial com prisões e apreensões terá divulgação ao longo do dia.