A Polícia Civil cumpriu nesta quinta-feira (1°) um mandado de prisão e 42 de busca e apreensão em ação da Operação Contaminação. O objetivo foi desmantelar o braço financeiro da maior milícia do estado, liderada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que atua principalmente em Campo Grande e Santa Cruz.
O principal alvo da operação foi Cleber Oliveira da Silva, conhecido como Clebinho, apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro da organização criminosa. Junto com ele, o ex-PM Diego Machado Ferreira foi preso.
Durante a ação foram apreendidos quatro veículos de luxo, além de pistolas, fuzis, munições, embarcações, imóveis, joias e dinheiro em espécie, ainda em contagem.
As investigações mostraram que os integrantes do núcleo financeiro da milícia possuem patrimônio incompatível com seus rendimentos e que a organização obtém lucro com a cobrança de “taxa de segurança”, agiotagem, extorsões, homicídios e comércio ilegal de combustíveis e armas.
Postos de combustíveis e lojas de conveniência são utilizados para lavar dinheiro, além de outras empresas em Minas Gerais que também foram alvo da operação. Os membros da quadrilha utilizam empregados cadastrados para reciclar o dinheiro ilegal, depositando valores suspeitos nas contas das empresas.
A Justiça decretou medidas constritivas como o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de bens e arresto de valores até R$ 93 milhões, bem como a quebra de sigilos fiscal e bancário.
O inquérito está em andamento e nenhum dos envolvidos foi indiciado até o momento. Cleber Oliveira já havia sido preso em 2017 em um apartamento de luxo na Barra da Tijuca, onde foram encontrados também veículos de alto padrão e R$168 mil em espécie.
Ao todo, 24 pessoas físicas e jurídicas tiveram seus bens bloqueados, incluindo a mulher de Cleber Oliveira, que também é investigada por possuir empresas suspeitas em seu nome.
