
Polícia Civil impede ataque terrorista em show de Lady Gaga | Divulgação/Marcelo Piu/Prefeitura do Rio
A operação, chamada Fake Monster, resultou na prisão de um homem no Rio Grande do Sul, suspeito de ser o mentor do atentado. Segundo os investigadores, o plano tinha como foco chamar atenção nas redes sociais por meio da violência.
O suspeito foi detido em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Em paralelo, um adolescente foi apreendido no Rio por armazenar pornografia infantil. Os alvos da ação frustrada seriam crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+, entre os mais de 2 milhões de presentes no evento.
Grupo recrutava jovens para atentado com explosivos
As investigações revelaram que os envolvidos atuavam em plataformas digitais. Por meio delas, propagavam discursos de ódio, estimulavam automutilação, pedofilia e incitavam a radicalização de adolescentes. O grupo pretendia utilizar coquetéis molotov e explosivos improvisados para realizar o atentado durante a apresentação da cantora.
A operação visou desarticular essa rede criminosa virtual, que enxergava a violência como forma de engajamento social. O ataque foi tratado como um “desafio coletivo” para conquistar notoriedade entre jovens usuários da internet.
Mandados foram cumpridos em 4 estados do Brasil
A Polícia Civil cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em nove endereços no Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (RJ); Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT). Em Macaé, outro homem investigado por planejar atentados também foi alvo da operação.
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Esse investigado chegou a ameaçar, online, matar uma criança ao vivo. Ele será indiciado por terrorismo e induzimento ao crime. Nos locais das buscas, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, uma arma de fogo e outros materiais que ainda serão analisados.
Operação reuniu forças policiais e inteligência
A Operação Fake Monster envolveu diversas forças de segurança. Participaram a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil e a 19ª DP (Tijuca).
Também atuaram órgãos federais como o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça, a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) e a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Polícias civis de quatro estados também colaboraram com a operação.