A Petrobras confirmou, nesta quarta-feira (29), a venda de Gás Natural Liquefeito (GNL) para o governo argentino. Acima de tudo, a medida visa ajudar o país vizinho a contornar uma crise no abastecimento de gás natural, causada pelo aumento da demanda no mercado interno argentino em razão da queda das temperaturas nas últimas semanas.
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Compra emergencial para suprir demanda recorde
A Energia Argentina Sociedad Anonima (Enarsa), estatal argentina responsável pela exploração de petróleo e gás natural, recorreu à compra emergencial do GNL à Petrobras. O navio com o carregamento chegou ao terminal argentino na terça-feira (28), mas o descarregamento do gás foi atrasado devido a um problema de pagamento. Na quarta-feira, o Banco de la Nación Argentina (BNA) emitiu carta de crédito, liberando a operação.
Normalização do abastecimento e impacto no consumo
Com o carregamento de 44 milhões de metros cúbicos de gás natural da Petrobras, as autoridades argentinas estimam a normalização do abastecimento para indústrias, postos de GNV e termelétricas. Segundo informações oficiais, o consumo de gás na Argentina saltou de 44 milhões de m3 para 77 milhões de m3 por causa da queda das temperaturas em maio.
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Acordo de longo prazo e cooperação energética
O acordo entre Petrobras e Enarsa, assinado no mês passado, tem duração de três anos. O pacto prevê, sobretudo, o intercâmbio de informações, a avaliação de alternativas para cooperação e complementariedade energética entre as empresas.
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Além disso, a coordenação de ações para garantir o fornecimento de gás natural à Argentina durante o inverno, período de maior demanda. Em contrapartida, as autoridades brasileiras garantem que a operação não terá impacto no abastecimento interno de gás natural. De igual forma, que o negócio não trará custos adicionais para a Petrobras.