A Petrobras anunciou que, em 2024, atingiu o volume recorde de 14,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) reinjetadas em reservatórios do pré-sal na Bacia de Santos, litoral do Sudeste.
Esse volume supera os 13 milhões de toneladas registradas em 2023 e é parte de um programa pioneiro de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS).
A reinjeção de CO₂ visa reduzir a pegada de carbono da empresa, contribuindo para a mitigação do aquecimento global. O pré-sal, que chega a uma profundidade de até 7 mil metros, tem se mostrado um cenário desafiador, mas eficaz, para esse tipo de operação.
Tecnologia e injeção de CO₂: um modelo global
O programa de reinjeção de CO₂ da Petrobras é considerado o maior em operação no mundo. De acordo com um relatório do Global CCS Institute, os projetos de CCUS globais atingiram 51 milhões de toneladas de CO₂ até 2024.
A Petrobras, desde 2008, já acumulou 67,9 milhões de toneladas de CO₂ reinjetadas, com a expectativa de alcançar 80 milhões até 2025.
As tecnologias aplicadas pela Petrobras, combinadas com a expertise em águas ultraprofundas, contribuem para os excelentes resultados. Atualmente, a companhia opera 22 plataformas FPSO (Floating Production Storage and Offloading) no pré-sal da Bacia de Santos, todas equipadas com sistemas especializados para a captura e reinjeção do CO₂.
Objetivos ambiciosos para um futuro sustentável
O esforço para reinjetar o CO₂ não apenas contribui para a redução da pegada de carbono, mas também otimiza a recuperação de petróleo nos reservatórios. Em 2024, a Petrobras produziu 3,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no pré-sal, representando 81% de sua produção total.
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Além disso, a companhia reforçou seu compromisso de atingir, antes de 2050, o objetivo de “net zero”, ou saldo negativo de emissão de carbono na produção de petróleo. Com essa meta, a Petrobras visa consolidar sua posição como líder global em práticas sustentáveis no setor de energia.
Reinjeção de CO₂: como funciona e seus benefícios
A reinjeção de CO₂ nos reservatórios de petróleo visa reduzir as emissões do gás poluente na atmosfera e, ao mesmo tempo, aumentar a produção de petróleo. O CO₂ age como um agente de recuperação, ajudando a deslocar o petróleo remanescente, tornando a extração mais eficiente.
Esse processo não é apenas ambientalmente responsável, mas também economicamente vantajoso. O uso do CO₂ permite que os reservatórios continuem a produzir petróleo por mais tempo, prolongando a vida útil das plataformas e melhorando a rentabilidade das operações.