
Papa Francisco é enterrado na Basílica de Santa Maria Maior após missa solene | Reprodução/Vatican News
O Papa Francisco é enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, neste sábado, 26, anunciou a Santa Sé. O sepultamento marca o primeiro enterro de um pontífice fora do Vaticano desde 1903, quando Leão XIII morreu. A cerimônia foi íntima e contou com a presença de familiares, sendo presidida pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell às 13h30 (horário local).
Segundo o Vaticano, o corpo do pontífice foi transportado em cortejo pelas ruas de Roma logo após a Missa das Exéquias. A celebração foi realizada pelo cardeal decano Giovanni Battista Re, na Praça de São Pedro. O caixão simples, levado no “papamóvel”, percorreu locais emblemáticos como o Coliseu, o Fórum Romano e a Igreja Il Gesù, sede dos jesuítas.
Túmulo simples reflete a vida do Papa Francisco
O Papa Francisco é enterrado em um túmulo de mármore da região norte da Itália, de onde sua família é originária. A lápide contém apenas a inscrição “Franciscus”, em linha com a imagem de simplicidade construída pelo pontífice ao longo dos anos. De acordo com a Santa Sé, o túmulo poderá ser visitado a partir de domingo, 27.
O enterro encerrou os 12 anos de pontificado do primeiro papa latino-americano da história. Francisco ficou conhecido pela defesa dos migrantes, do meio ambiente e da justiça social.
“Ele não foi apenas o papa, foi a definição do que é ser humano”, afirmou Andrea Ugalde, de 39 anos, durante a cerimônia.
Multidão e líderes mundiais participam da despedida
O funeral do Papa Francisco reuniu dezenas de chefes de Estado e de governo. O presidente Lula representou o Brasil na cerimônia. O ex-presidente americano Donald Trump também compareceu, acompanhado da esposa Melania, e permaneceu em oração diante do caixão ao chegar ao funeral.
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O público presente na Missa das Exéquias aplaudiu e entoou cânticos ao ver o caixão deixar a Basílica de São Pedro. As homenagens emocionaram os participantes, que expressaram carinho e gratidão pelo legado do papa.
Francisco: o papa dos marginalizados
Eleito em 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo dos pobres. Desde o início, imprimiu um estilo de vida austero, vivendo em um apartamento simples e promovendo encontros com moradores de rua e detentos.
Na cerimônia, grupos de migrantes, presos, pessoas em situação de rua e pessoas trans receberam o caixão com rosas brancas.
“Era um pastor simples, muito querido em sua arquidiocese, que viajava até de metrô ou ônibus para estar entre o povo”, registrou o obituário oficial.
Durante a homilia, o cardeal Giovanni Battista Re destacou que Francisco “constantemente levantava a voz” em defesa da paz e dos marginalizados. Segundo ele, o papa foi “um pastor de coração aberto a todos”, dedicando atenção especial aos “últimos da terra”.
Igreja inicia preparação para o conclave
Francisco faleceu na última segunda-feira, 21, aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Com a sua morte, a Igreja Católica inicia o processo para a escolha do próximo pontífice.
O conclave para eleger o novo papa deverá ser convocado entre 15 e 20 dias após o falecimento, embora uma data oficial ainda não tenha sido divulgada.