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Paes busca apoio do BNDES para cultura e mobilidade no Rio

O Prefeito do Rio, Eduardo Paes e o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante, estiveram juntos nesta segunda-feira (22/5). Eles anunciaram a criação de um fundo para financiamento de ações de fomento à cultura afro-brasileira no território da Pequena África, na região portuária.

 

Entre as ações de fomento, que deverão, ainda, passar por detalhamento do banco, está a retomada de financiamento de atividades culturais no Centro do Rio. Eduardo Paes também informou que BNDES e Prefeitura negociam o financiamento pelo banco das obras do plano de mobilidade de Campo Grande

 

– Tudo isso vai resgatar o Centro do Rio. Não é uma política tão somente estatal de cuidar do espaço público, que também precisa. Mas é trazer gente para o Centro da cidade. Boa parte dos fatos históricos brasileiros aconteceram aqui no Centro, que foi capital da Colônia, do Império e da República. Resgatar esse Centro é medida mais adequada, mas não somente sob o ponto de vista urbanístico e de planejamento urbano. Temos também que pensar na preservação, no cuidado e no carinho com a história do nosso país – ressaltou o prefeito.

 

Porto Maravilha

 

As obras do Porto Maravilha recuperaram uma área de 5 milhões de metros quadrados da cidade. E passa por transformar o local em um polo residencial, de turismo, entretenimento e negócios.

Eduardo Paes na ocasião em que o primeiro residencial do Porto Maravilha foi lançado. – Beth Santos/Prefeitura do Rio

As escavações para este trabalho revelaram as pedras do Cais do Valongo, o maior porto de escravos das Américas. A maior Parceria Público Privada do país na ocasião investiu não apenas em obras de infraestrutura. Também deve-se considerar a recuperação de patrimônio histórico, arquitetônico e cultural, como o Jardim Suspenso do Valongo. E, ainda, a criação do circuito da Pequena África.

 

A criação de um local que destaque a história da diáspora negra, da formação do Brasil, lembrada pelo prefeito, reforçando, ainda, os esforços que os entes públicos têm empreendido para recuperar a região.

 

O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, anunciou que o edital de fomento para cultura irá garantir atividades culturais por pelo menos dois anos no Centro da cidade, de maneira a contribuir com o repovoamento da área central do Rio.

 

– Vamos abrir um fundo novo e buscar parceiros para fortalecer, para fomento da Pequena África, para fazer daquilo dali um território da cultura. É um pré-sal da história e da cultura negra no Brasil. É uma coisa muito forte e bonita. Vamos deflagrar o processo. Vamos construir um museu, restaurar um prédio histórico e ajudar a criar mais um centro cultural, que acho que pode ser uma referência internacional – disse o presidente do BNDES.

 

BNDES também financiará obras do plano de mobilidade de Campo Grande

 

Calçadão de Campo Grande. Foto: Marcelo Piu/Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio também falou do financiamento do plano de mobilidade de Campo Grande, cujas obras do novo anel viário já começaram. O projeto, com investimento de cerca de R$ 1 bilhão, vai implementar um novo mergulhão. Também um túnel, vias expressas e ciclovias que devem melhorar significativamente o trânsito no maior bairro do Rio.

 

O prefeito informou que BNDES e Prefeitura negociam o financiamento das obras, que garantirá a realização de todo o projeto idealizado pela gestão municipal.

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