
Operação Queops desarticula esquema de fraude em empréstimos no Rio; GAECO/MPRJ cumpre mandados contra grupo de estelionatários, em diversas partes do Rio de Janeiro.
Operação realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), a 2ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Área Centro e Zona Portuária, e a Polícia Civil, nesta quinta-feira (31), tem objetivo de desmantelar a quadrilha criminosa que aplica golpes do empréstimo consignado. A organização mira em militares, aposentados e servidores públicos. Somente uma das vítimas, foi lesada em R$ 327.669,26.
Os acusados chegaram a movimentar mais de 1 bilhão de reais, já que Juízo deferiu a indisponibilidade de R$ 1.411.026,09 das contas dos denunciados e a suspensão da atuação empresarial dos acusados e das pessoas jurídicas envolvidas no esquema criminoso. Ao todo, foram 39 pessoas pelo crime de estelionato. Os mandados, expedidos pela Vara Especializada em Organizações Criminosas, são cumpridos nos bairros do Flamengo e Jacarepaguá, na capital fluminense, e nos municípios de Niterói e Magé, contra os administradores das empresas, todos integrantes da mesma família.
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Como os criminosos agiam
Conforme denúncia, a organização criminosa atuava em rede para atrair principalmente militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos. De acordo com as investigações, os criminosos atuavam por meio de 15 empresas, criadas exclusivamente para aplicar o golpe. Eles agiam de duas formas. Na primeira situação, a vítima era convencida a fazer um empréstimo pela instituição bancária indicada pelos criminosos. A vítima ficava com 10% do valor e transferia o restante para uma empresa ligada ao grupo, que se responsabilizava pelo pagamento integral do empréstimo contraído.
Na segunda situação, os criminosos ofereceram a vítimas, já com empréstimos em andamento, uma redução nas parcelas substituindo a dívida antiga por uma nova, com condições de pagamento diferentes ou trocando o valor da dívida por um valor mais barato, prometendo um ganho de 10% sobre o saldo devedor. Com os dados da vítima, os criminosos contraíam um novo empréstimo. Quando o valor era creditado, a vítima, surpresa com o valor superior ao combinado, devolvia o excedente à empresa dos criminosos.