Na manhã desta terça-feira (12), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a segunda fase da Operação Jammer, visando desarticular uma quadrilha especializada na exploração clandestina de sinal de internet e TV, conhecida como “gatonet”, em bairros da Zona Norte do Rio.
Dessa forma, a organização era liderada por Ronnie Lessa e Maxwell Simões Corrêa, o Suel, ambos presos pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Três mandados de prisão e sete de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na detenção dos três alvos da operação. Até o momento, foram apreendidos celulares, documentos, um detector de sinais, material de distribuição de sinal e mais de R$ 7 mil em espécie.
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Dessa forma, a investigação do Gaeco revela pagamentos de mais de R$ 230 mil a Maxwell Simões, além de conversas que evidenciam a relação dos criminosos com Ronnie Lessa e Suel. O MPRJ destaca que, em uma das mensagens, Suel é tratado como “patrão”.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa dos presos e nem de Suel. O espaço segue aberto para manifestação.
Contudo, em agosto de 2023, a primeira fase da Jammer prendeu o policial militar Sandro Franco, acusado de envolvimento no esquema. O filho de Suel, Maxwell Simões Corrêa Júnior, também se entregou à PF por suspeita de participação.
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Sendo assim, as investigações demonstram que, desde 2018, Suel e Ronnie estruturaram o “gatonet” em Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel. Suel era o “dono” do esquema, enquanto Ronnie Lessa atuava como sócio-investidor.
O caso Marielle Franco completa seis anos sem respostas sobre o mandante do crime. A PF abriu um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades do Rio. Enfim, em janeiro de 2024, a PF começou a apurar se a morte de Marielle tem relação com uma disputa por terrenos na Zona Oeste do Rio, informação que teria sido delatada por Ronnie Lessa.