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Operação fecha seis ferros-velhos ilegais em São Gonçalo

Operação fecha seis ferros-velhos ilegais em São Gonçalo Alexandre Simonini-Detran.RJ

Operação fecha seis ferros-velhos ilegais em São Gonçalo | Alexandre Simonini/Detran.RJ

Uma operação de grande porte abalou as fundações do comércio de sucatas em São Gonçalo. Na manhã desta segunda-feira (19), uma força-tarefa estadual interditou seis ferros-velhos clandestinos na Rua Capitão Juvenal Figueiredo, no Jardim Alcântara. Sem licença para operar e com mercadorias de procedência duvidosa, esses estabelecimentos foram alvo de uma das ações mais incisivas na luta contra o comércio ilegal de peças automotivas.

O cheiro de ferrugem e óleo queimado se misturou ao som das sirenes, criando um cenário digno de filmes policiais. A população local, acostumada com o funcionamento desses estabelecimentos, observava atônita enquanto agentes, munidos de mandados, interditavam os pontos de venda.

Em resumo, lacraram portas e interromperam um comércio que, segundo as autoridades, abastecia o mercado negro de peças roubadas. Nesse sentido, a operação expõe uma rede complexa e perigosa de roubos e furtos de veículos no estado do Rio de Janeiro. Os ferros-velhos não apenas funcionavam sem as licenças necessárias, mas também não conseguiam apresentar notas fiscais que comprovassem a origem dos materiais à venda. Assim sendo,  trata-se de um mercado que cresce na sombra do aumento dos roubos e furtos de veículos.

A operação desta segunda-feira corresponde apenas a mais um capítulo de uma história que começou há um ano. Desde que foi criada, a força-tarefa estadual já fechou 52 estabelecimentos similares em todo o Estado do Rio de Janeiro, apreendendo impressionantes 800 toneladas de sucata, posteriormente destruídas.

O governador Cláudio Castro destacou a importância dessas ações:

“Esta é uma ação que mira na quebra financeira do esquema de roubo e furto de carros. Os agentes do estado estão combatendo quem comercializa peças sem origem declarada. Ao mesmo tempo, o comerciante que quer trabalhar de forma legalizada conta com o apoio do Detran.RJ para se adequar à legislação”, argumentou o governador.

 

Legalização

Mas não é só repressão que a força-tarefa traz. Há um esforço conjunto para legalizar o mercado, oferecendo suporte para que comerciantes que desejam trabalhar dentro da lei possam regularizar suas operações.

Nesse primeiro ano, mais de 300 proprietários buscaram o Detran.RJ para legalizar seus negócios. O processo de regularização exige a etiquetagem individual das peças, permitindo seu rastreamento através de códigos de barras, uma medida que traz mais segurança e transparência para os consumidores.

Um dos principais instrumentos de regularização é o sistema Desmonte-RJ, disponível no site do Detran.RJ, onde proprietários de ferros-velhos podem se credenciar. Este sistema também permite que consumidores verifiquem a procedência das peças que estão adquirindo, garantindo que estão comprando de estabelecimentos que operam dentro da legalidade.

Luiz Alberto Moreira Coelho, diretor geral das Atividades de Desmontagem do Detran.RJ, salientou que a força-tarefa não só combate a venda de peças roubadas, mas também reduz os índices de roubo e furto de veículos no estado.

Segundo Coelho, a orientação oferecida aos proprietários de ferros-velhos sobre como operar de forma regularizada é um passo crucial para mudar o cenário do comércio de sucatas e peças usadas no Rio de Janeiro.

A força-tarefa tem o objetivo de coibir a comercialização de peças roubadas e, por consequência, o roubo e furto de veículos. Os proprietários de ferros-velhos estão sendo orientados sobre a maneira correta de trabalhar e de obter o credenciamento junto ao Detran.RJ – declarou.

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