
Operação em Manguinhos resulta em confronto com criminosos | Reprodução
Bandidos trocaram tiros com policiais civis em frente à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, durante uma operação em Manguinhos, na Zona Norte do Rio. O confronto aconteceu na tarde desta quarta-feira (8), enquanto os criminosos se deslocavam entre comunidades da região.
O tiroteio provocou pânico entre pedestres, que buscaram abrigo atrás de veículos estacionados. Durante o confronto, os bandidos lançaram uma granada contra as equipes policiais, mas o artefato não explodiu.
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O Esquadrão Antibomba foi acionado e realizou a detonação controlada do explosivo. Projéteis espalhados pelas ruas testemunham a intensidade do conflito.
Testemunhas descreveram o episódio como momentos de “terror”, comparando a situação a uma guerra civil. A Polícia Civil informou que os criminosos envolvidos fazem parte da mesma organização criminosa e tentavam dispersar a operação em curso na comunidade de Manguinhos.
Operação Torniquete: quatro mortos e apreensões
A operação, liderada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), visa combater roubos e receptação de cargas na região. Denominada Torniquete, a ação busca enfraquecer a facção criminosa que controla Manguinhos, cuja renda é usada para financiar disputas territoriais e atividades criminosas.
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Ao chegar à comunidade, os policiais foram recebidos com tiros, desencadeando um confronto que se estendeu pelas favelas Mandela 1, Mandela 2, Varginha e pela Rua Leopoldo Bulhões. Barricadas incendiadas pelos criminosos dificultaram o avanço das equipes. Durante a operação, armas e drogas foram apreendidas, enquanto suspeitos fugiram em direção à Fiocruz.
Corpo encontrado no Canal do Cunha
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 10h40 para atender a uma ocorrência de salvamento em lagos ou rios, na altura da Fiocruz. Os militares encontraram o corpo de um homem ainda não identificado no Canal do Cunha. As buscas continuam, com indícios de ao menos outras três vítimas na região.
Tiro atinge instalações da Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que um disparo atingiu o vidro da sala de automação de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas. Uma funcionária precisou de atendimento médico devido a ferimentos causados por estilhaços.
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Segundo a instituição, policiais civis entraram nas dependências da Fiocruz sem autorização e descaracterizados. Durante a ação, um supervisor da empresa terceirizada de segurança foi preso, acusado de auxiliar na fuga de criminosos. A Fiocruz repudiou a ação, afirmando que os agentes colocaram trabalhadores, alunos e frequentadores em risco.
A Polícia Civil confirmou a prisão do funcionário, justificando que ele foi flagrado ajudando traficantes a escapar da comunidade.
Impactos na região
O Centro de Operações Rio (COR) informou que a Rua Leopoldo Bulhões permanece interditada nos dois sentidos, por questões de segurança. A Secretaria Municipal de Saúde relatou que unidades de saúde, como a Clínica da Família Victor Valla e o CAPS Carlos Augusto Magal, ativaram o protocolo de acesso seguro e suspenderam o atendimento nesta quarta-feira.