Em uma ação contundente contra a exploração ilegal de recursos naturais, a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (04) a Operação Dunas. O foco da operação foi um areal em Seropédica, na Baixada Fluminense, onde a extração ilegal de areia vinha ocorrendo de forma desenfreada desde 2012, causando danos ambientais e prejuízos milionários aos cofres públicos.
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Durante a operação, o principal investigado foi preso em flagrante no areal. Agentes da Polícia Federal cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, em Seropédica e na Barra da Tijuca. A ação contou com o apoio da Delegacia de Meio Ambiente (DMA), da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) e de fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
As investigações revelaram um esquema audacioso e lucrativo. A empresa responsável pela extração ilegal operava sem qualquer licença ou autorização, utilizando maquinários pesados como dragas flutuantes, caminhões, tratores, retroescavadeiras e silos. Para dar ares de legalidade à operação criminosa, documentos públicos relativos a outra área eram utilizados para “esquentar” o negócio.
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Estimativas indicam que a empresa arrecadou cerca de R$ 300 mil em tributos, o que equivale a um faturamento bruto de aproximadamente R$ 29 milhões ao longo dos anos de exploração ilegal. Além do dano ambiental causado pela extração predatória, o Estado foi lesado em milhões de reais em impostos não pagos.
As investigações também apontaram que a atividade ilegal causava sérios danos ao lençol freático da região. Além disso, a empresa foi indiciada por crimes ambientais, como uso de documento público falso, falsidade ideológica em documento público e pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem autorização.