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Operação contra traficante registra tiroteio intenso no Complexo da Maré – Vídeo | Reprodução/Redes Sociais
Uma operação policial realizada no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em intensos confrontos entre agentes e criminosos na manhã desta sexta-feira (21).
A ação tinha como objetivo capturar um traficante do Espírito Santo. Durante o tiroteio, uma bala perdida atingiu a parede de uma residência na comunidade.
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De acordo com relatos, uma moradora encontrou o projétil próximo ao uniforme escolar de sua filha.
“A roupinha da minha filha estava no sofá, por pouco não atingiu minha televisão. Meu Deus! Misericórdia!”, disse a moradora.
O impacto do tiro causou um buraco na parede, evidenciando a gravidade do confronto.
Confronto e resposta policial
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, agentes do Centro de Operações Especiais (Core) atuaram em apoio à equipe do Espírito Santo.
Durante a incursão, os policiais foram recebidos a tiros, resultando em um intenso confronto. O alvo da operação, no entanto, não foi localizado.
Histórico de operações na Maré
No dia 29 de janeiro, uma ação conjunta da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro e agentes capixabas foi realizada no Complexo da Maré. O objetivo era cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Na ocasião, dez suspeitos foram presos, sendo sete no Rio de Janeiro e três no Espírito Santo.
Além das prisões, a operação resultou no bloqueio de 17 contas bancárias e na remoção de mais de 30 barricadas. Cerca de 20 veículos, entre carros e motos, foram recuperados. Durante a ação, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram interditadas nos dois sentidos, na altura da Fiocruz, em Manguinhos. As vias foram liberadas por volta das 5h da manhã.
Investigação sobre o tráfico
A ação, denominada “Conexão Perdida”, tinha como alvo traficantes do Espírito Santo que utilizavam o Rio de Janeiro como base estratégica. Segundo investigações, o grupo extorquia funcionários de empresas fornecedoras de internet, água e gás. Para atuar nas áreas dominadas pela facção, os trabalhadores precisavam pagar mensalidades de até R$ 10 mil.
Para ocultar os lucros obtidos de forma ilícita, os criminosos utilizavam diversas contas bancárias. Entre elas, estavam as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo”, uma instituição financeira clandestina que operava dentro da comunidade e oferecia empréstimos aos moradores.
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Entre os presos na operação estava uma mulher apontada como responsável pela lavagem de dinheiro da facção. Conforme apurações, em apenas cinco meses, a investigada movimentou cerca de R$ 27 milhões por meio de uma empresa de fachada.
As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros envolvidos e aprofundar as apurações sobre a estrutura financeira do grupo criminoso.