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Operação contra lavagem de dinheiro na Maré termina em tiroteio

Operação contra lavagem de dinheiro na Maré termina em tiroteio

Operação contra lavagem de dinheiro na Maré termina em tiroteio | Reprodução/Redes Sociais

Uma megaoperação da Polícia Civil contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, terminou em tiroteio e deixou um ferido na manhã desta terça-feira (09).

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A ação, batizada de “Rota do Rio”, mirava criminosos das comunidades Parque União e Nova Holanda e prendeu nove pessoas, incluindo um suspeito em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Cerca de 50 viaturas, incluindo blindadas, circularam pelas comunidades durante a operação. Imagens nas redes sociais mostram policiais civis percorrendo ruas a pé e armados.

O clima era de tensão, com um intenso confronto entre agentes e criminosos. Uma mulher foi baleada na perna durante o tiroteio e socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Ela está estável e em atendimento.

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Devido ao confronto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) suspendeu o atendimento na Clínica da Família (CF) Jeremias Moraes da Silva por questões de segurança. Já a CF Diniz Batista dos Santos mantém o atendimento à população, mas suspendeu as atividades externas, como visitas domiciliares.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 22 unidades escolares da rede municipal foram impactadas na região, enquanto a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) confirmou o fechamento de duas escolas estaduais por conta da operação.

A operação “Rota do Rio” é fruto de extensas investigações que analisaram transações entre 2017 e 2022. As apurações revelaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, com depósitos bancários em contas de empresas em regiões de fronteira do Amazonas para ocultar a origem ilícita do dinheiro. A ação também busca bloquear bens e valores dos investigados.

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A “Rota do Rio” já está em sua segunda fase e mira o fornecimento de drogas entre as facções Comando Vermelho (CV) do Rio e Comando Vermelho do Amazonas (CVAM).

As investigações apontam que a droga era adquirida na fronteira tríplice entre Peru, Colômbia e Brasil, escoada do Amazonas pelo Rio Solimões até o Rio de Janeiro. Em dois anos, o esquema movimentou cerca de R$ 30 milhões.

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Parte do dinheiro da venda de drogas era usado para comprar carros roubados, que eram clonados e revendidos. O lucro era usado para adquirir cocaína e maconha do tipo Skank do Amazonas.

Entre os presos na operação está Juan Roberto Figueira da Silva, o “Cocão”, apontado como líder do tráfico no Morro dos Prazeres e responsável pelos roubos de veículos da organização criminosa.

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