Uma operação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prendeu, nesta terça-feira (11), três suspeitos de envolvimento na execução de um homem na disputa pelo jogo do bicho. A ação mira um policial militar, um irmão de ex-tenente-coronel e um comparsa, apontados como articuladores e executores do crime.
O alvo da ação era Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, o Fabinho, ligado à organização criminosa do contraventor Bernardo Bello, foragido da Justiça. Fabinho foi morto a tiros na Tijuca em abril de 2023, vítima de uma disputa por pontos de jogo do bicho.
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Entre os presos está o PM Allan dos Reis Matos, já detido desde o ano passado, e Marcos Paulo Gonçalves Nunes, irmão do ex-tenente-coronel Claudio Luiz da Silva de Oliveira, denunciado pela morte da juíza Patrícia Acioli. Marcos Paulo é apontado como o número 2 da quadrilha rival de Bello, responsável pela gestão das máquinas caça-níqueis em áreas centrais do Rio.
Junto com Marcos Paulo, Vitor Luis de Souza Fernandes foi preso. Contudo, câmeras de segurança flagraram os dois monitorando Fabinho no dia anterior ao crime, repassando informações aos executores. Assim, um deles é o PM Rafael do Nascimento Dutra, o “Sem Alma”, chefe de uma quadrilha de matadores de aluguel.
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Dessa forma, o grupo já responde pela morte do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o “Marquinho Catiri”, braço armado de Bello, e pela tentativa de homicídio do contraventor Luiz Cabral Waddington Neto e seu filho. A mesma quadrilha teria ligação com o assassinato do empresário Antônio Gaspazianni Chaves, dono do Bar Parada Obrigatória, palco de um confronto entre quadrilhas rivais.
Sendo assim, análise balística confirmou que a mesma arma utilizada na execução de Fabinho foi usada nos crimes contra Marquinho Catiri, Sandrinho, PM Diego dos Santos Santana, policial penal Bruno Kilier da Conceição Fernandes, policial civil João Joel de Araújo e na tentativa de homicídio de Luiz Henrique de Souza Waddington.
Enfim, na operação, Marcos Paulo foi preso em um imóvel com dinheiro escondido no forro. Contudo, Vitor Luis foi detido em uma casa. Assim, uma oficina de máquinas caça-níqueis foi localizada, com apreensão de equipamentos e computadores. As investigações prosseguem para identificar e prender outros envolvidos.