A Polícia Civil do Rio de Janeiro lançou a Operação 13 Aldeias nesta terça-feira (22), em uma ofensiva contra uma quadrilha que pratica o golpe do falso sequestro a partir de 13 unidades prisionais. Segundo a Delegacia Antissequestro (DAS), a facção conhecida como “Povo de Israel” conta com cerca de 18 mil integrantes, quase todos encarcerados, e tem em seu comando uma organização interna que envolve extorsões por telefone. Cinco policiais penais estão sendo investigados por colaboração com o grupo.
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Quadrilha acumula milhões com extorsões
As investigações apontam que a facção movimentou cerca de R$ 70 milhões em um período de apenas um ano, entre janeiro de 2022 e maio de 2023. Os líderes do esquema criminoso, que incluem figuras como Marcelo Oliveira, conhecido como “Tomate”, e Avelino Gonçalves, o “Alvinho”, operam a partir do Presídio Nelson Hungria, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste da cidade. A organização tem ramificações em outros estados, como Espírito Santo e São Paulo, onde aliados recebem o dinheiro das extorsões.
Extorsões sofisticadas e divisão de funções
A facção “Povo de Israel” adota uma estrutura bem organizada. Presos denominados “empresários” são responsáveis por garantir o acesso a celulares, que entram ilegalmente nos presídios. “Ladrões” são os que fazem as ligações de extorsão, simulando vozes de familiares em supostos sequestros, enquanto “laranjas” recebem o dinheiro obtido com os crimes em contas bancárias.
Operação em andamento e lavagem de dinheiro
A Operação 13 Aldeias mobilizou agentes para cumprir 44 mandados de busca e apreensão. Um dos endereços investigados fica em Copacabana, onde a quadrilha utiliza um estabelecimento de manutenção de joias como fachada para a lavagem de dinheiro. O esquema envolveu 1.663 pessoas físicas e 201 empresas para movimentar os valores.
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