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O número de turistas internacionais atingirá níveis pré-pandêmicos este ano, impulsionado pela recuperação do setor na Ásia, mesmo diante dos conflitos internacionais, é o que prevê a Organização Mundial do Turismo (OMT) em seu relatório divulgado nesta sexta-feira (19).
Em 2022, aproximadamente 1,3 bilhão de turistas viajaram para o exterior, um aumento de 44% em relação a 2021 (900 milhões), equivalente a 88% dos números registrados em 2019, antes da crise da pandemia, de acordo com as informações fornecidas pela agência da ONU com sede em Madri.
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A recuperação observada no ano passado foi impulsionada principalmente pelo Oriente Médio, que obteve um crescimento de 22% nas chegadas de turistas em relação a 2019. No entanto, o setor turístico europeu, principal destino turístico global, também se recuperou bem, alcançando 94% do nível pré-pandemia.
Já na Ásia, a recuperação foi mais lenta, com o número de turistas internacionais atingindo apenas 65% do nível de 2019, apesar do relaxamento das restrições sanitárias na China, após três anos de uma política rigorosa de combate ao vírus.
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Nesse contexto, a OMT ressalta a resiliência e a rápida recuperação do turismo global, destacando que o número de turistas deve continuar a aumentar ainda mais neste ano. Segundo o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, a previsão é que o setor registre um crescimento superior a 2% em relação a 2022.
A agência da ONU destaca que a China desempenhará um papel fundamental nesse aumento, graças à flexibilização dos vistos para vários países, incluindo França, Alemanha e Itália, além das viagens de cidadãos chineses para outros destinos ao redor do mundo.
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No entanto, a previsão pode ser afetada por questões econômicas e geopolíticas, principalmente no Oriente Médio, onde as consequências dos conflitos entre Israel e Hamas podem impactar negativamente o setor turístico.
A OMT alerta ainda para a possibilidade de inflação persistente, taxas de juros elevadas, preços voláteis do petróleo e perturbações no comércio, que podem continuar a afetar os custos de transporte e acomodação até 2024.