Foto: Mohammed Abed – AFP
A ONG Human Rights Watch (HRW) divulgou um relatório nesta segunda-feira (18) acusando o governo israelense de utilizar a fome deliberadamente como arma na Faixa de Gaza ocupada. Segundo o relatório, as forças israelenses bloqueiam o fornecimento de água, alimentos e combustível, impedindo o acesso à ajuda humanitária e privando a população civil de itens essenciais para a sua sobrevivência. A HRW classificou essas ações como um crime de guerra.
Em resposta às acusações, o governo israelense rotulou a HRW como uma “organização antissemita e anti-israelense”. O porta-voz da chancelaria, Lior Haiat, afirmou que a HRW não condenou o ataque contra cidadãos israelenses e o massacre de 7 de outubro, e, portanto, não teria autoridade moral para falar sobre o que ocorre em Gaza, enquanto ignora o sofrimento e os direitos humanos dos israelenses.
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A guerra em Gaza teve início após o sangrento ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.139 pessoas em Israel, a maioria civis, e no sequestro de quase 250, de acordo com as autoridades. O Ministério da Saúde do Hamas alega que mais de 18.800 pessoas, em sua maioria mulheres e menores de 18 anos, perderam a vida na ofensiva israelense. Após meses de bombardeios e combates intensos, a maioria da população da Faixa de Gaza foi deslocada e enfrenta escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.
Na última sexta-feira (15), Israel aprovou a entrega “temporária” de ajuda humanitária através da passagem de fronteira de Kerem Shalom. O primeiro comboio entrou em Gaza no domingo, informou um funcionário do Crescente Vermelho egípcio sob condição de anonimato.
