Treze pessoas foram vítimas de “choques de calor” nos últimos dias no departamento de Santa Cruz, fronteiriço com o Brasil, de acordo com informações divulgadas pelo governo boliviano nesta segunda-feira, 20. Essas mortes ocorreram em meio a temperaturas recorde no país. A ministra da Saúde, María René Castro, afirmou:
“São pessoas que morreram pelo choque de calor”.
Ela explicou que todas as vítimas já sofriam de condições prévias de saúde, como diabetes ou hipertensão arterial. A desidratação grave ou moderada a grave foi a causa dos óbitos em 100% dos casos.
Ao mesmo tempo, o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Senamhi) informou que pelo menos 15 cidades nas regiões norte, leste e sudeste do país registraram temperaturas recorde de calor. Em algumas áreas de Santa Cruz, os termômetros marcaram entre 36 e 41 °C, conforme relatado pela instituição.
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Marisol Portugal, funcionária da entidade estatal de meteorologia, mencionou o pico de calor alcançado em Yacuiba, cidade localizada na fronteira com a Argentina, onde os termômetros atingiram 44,9 °C, superando o recorde anterior de 43 °C estabelecido em 1974.
Além do intenso calor, foram relatadas colunas de fumaça provenientes de incêndios florestais nos departamentos de Santa Cruz, Beni (no nordeste) e La Paz. Esses incêndios ainda não foram controlados. Os voos no aeroporto internacional de Viru-Viru, que atende a cidade de Santa Cruz de la Sierra, sofreram atrasos ou foram suspensos entre domingo e segunda-feira.
Buscando resolver essa situação, o ministro da Defesa, Edmundo Novillo, anunciou que o governo está solicitando cooperação internacional para combater os incêndios. Em resposta, o governo venezuelano informou que enviará aproximadamente 30 bombeiros especialistas nas próximas horas.