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Ódio nas ruas de Niterói: Idosa pró-Jordy ataca vereador Fabiano Gonçalves com discurso extremista

Ódio nas ruas de Niterói: Idosa pró-Jordy ataca vereador com discurso extremista

Ódio nas ruas de Niterói: Idosa pró-Jordy ataca vereador com discurso extremista

Niterói se encontra imersa em um clima de tensão política, por conta do 2º turno das eleições, que tem alcançado as ruas. Em meio à polarização crescente e à proximidade do pleito, no próximo domingo (27), episódios de intolerância têm ganhado espaço, evidenciando, sobretudo, um cenário preocupante para a democracia local.

Um deles, por exemplo, se trata de um ataque do deputado estadual Renan Jordy (PL), irmão do deputado federal  e candidato a prefeito de Niterói, Carlos Jordy (PL), aos vereadores Binho Guimarães (PDT) e Leandro Portugal (MDB).

Além deles, o vereador Fabiano Gonçalves relatou na sessão da Câmara Municipal de Niterói desta quarta-feira (23), ter sofrido um ataque de ódio no sábado (19). Segundo ele, uma mulher idosa, defensora declarada de Carlos Jordy (PL), o abordou em Icaraí, nas proximidades das ruas Ator Paulo Gustavo e Otávio Carneiro, com palavras de ódio e ameaças. “Vocês têm que morrer. Vocês têm que ser extirpados de Niterói”, teria dito a mulher, sem reconhecer que falava diretamente com um parlamentar da cidade.

O motivo do ataque? Um simples adesivo da campanha de Rodrigo Neves, adversário político de Carlos Jordy (PL) e favorito nas pesquisas para o segundo turno.

“É muito triste, eu que fico ali na minha arvorezinha da Otávio Carneiro com Moreira César (Rua Ator Paulo Gustavo), na barraca da baiana comendo pipoca, as pessoas passarem, com dedo em riste, apontando para você e falando: ‘vocês tem que morrer’. Vereador Binho, eu passei por isso sábado. Uma senhora distinta, com ódio no coração, cheia de rancor, não me conhece, não perguntou meu nome, porque eu estava portando um adesivo do 12 bem grande no peito”.

Fabiano Gonçalves classificou a ação como um reflexo do extremismo crescente que tomou conta da cidade. Além disso, questionou o vereador Douglas Gomes sobre qual critério ela determina a sentença de morte.

Opositor Douglas Gomes (PL) presta solidariedade ao colega, mas ataca suplente do PDT

Douglas Gomes, vereador mais votado no 1º turno, prestou solidariedade a Fabiano Gonçalves pelo ataque sofrido. Todavia, ele fez questão de destacar negativamente a atuação do suplente de vereador, Raphael Costa no 2º turno das eleições.

“Vou citar alguém que nem os vereadores da base gostam, que é o Raphael Costa. Ninguém gosta dele, um rapaz intransigente”, pontuou.

Se referindo ainda negativamente a Raphael, Douglas Gomes afirmou que ele anda pelas ruas dizendo que “Jordy vai ser preso”. Classificou, ainda, a situação como um possível desespero.

“Eu não sei se tem algum acordo dele assumir aqui na casa no lugar de alguém. Eu estou vendo três bons vereadores do PDT. Ninguém vai ser maluco de colocar esse ser aqui na Câmara. Porque todo mundo conhece. Tem o rei na barriga”, disparou

Esse episódio corresponde a mais um exemplo de como o ódio e a radicalização estão ganhando espaço no cenário eleitoral de Niterói. A cidade, que se prepara para decidir seu próximo prefeito, agora também precisa lidar com a escalada da violência verbal e da polarização que parece transcender o campo das ideias e invade a convivência civilizada nas ruas.

A eleição, marcada para o próximo dia 27, não decidirá apenas o futuro político da cidade. Além disso, indicará como os niteroienses desejam conduzir o debate público: com diálogo ou ódio.

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