Alê, me Ajuda!

O papel da internet nas relações modernas: ajuda ou atrapalha?

O papel da internet nas relações modernas: ajuda ou atrapalha?

Primeiramente parabéns à todos os psicólogos pelo dia de hoje!
27 de agosto comemorasse o dia do psicólogo, e nossa convidada de hoje não poderia ser outra profissional.

A psicóloga Tainara Lazanha irá nos esclarecer algumas dúvidas em relação aos relacionamentos de hoje. A era digital chegou para ficar, mas isso é positivo ou negativo quando o assunto é relacionamento?
Seja muito bem-vinda Tainara e agora é com você!

O papel da internet nas relações modernas: ajuda ou atrapalha?

Tainara Lazanha é Psicóloga Clínica formada pela Universidade São Judas (2019) e Pós Graduada em Psicologia Humanista e Abordagem Centrada na Pessoa pela Univerisade Unileya (2023) Com atendimento online, em sua própria clínica, oferece um ambiente psicoterapeutico seguro e individualizado. Atualmente, seus tratamentos são focados para ansiedade, influência tecnológica do digital no desenvolvimento emocional humano e nas relações e saúde LGBTQIA+ – Foto: Tainara Lazanha – Arquivo Pessoal

“Que a internet abriu portas para uma conexão global sem precedentes já não é novidade, uma vez que a era digital redefiniu nossa forma de viver nos últimos 20 anos.

Conforme navegamos nesse cenário que está em constante evolução, exploramos como a globalização digital tem afetado nossos relacionamentos nessa linha cada vez mais tênue entre conectividade-eficiência-acesso e o isolamento-dependência-superficialidade.

Diante de tantas possibilidades para que relacionamentos floresçam além de barreiras geográficas, o mundo online pode desencadear uma armadilha insidiosa: o isolamento social.

As pessoas, ao se tornarem cada vez mais imersas em seus dispositivos, podem negligenciar sua vida fora das telas em prol dessa conexão digital.

Pelo termo “conexão digital”, enfatizo que me refiro à relação estabelecida com o aparelho digital em si, a máquina; e não a que se estabelece com pessoas em relações significativas no universo digital.

Se sentir muito conectado com aquilo que é inanimado e robótico, carece de trocas genuínas e conta com ações repletas de automatização, pouca espontaneidade. Os resultados são sentimentos de solidão e desconexão do mundo real.

É importante que interações virtuais não excluam as interações presenciais, mas pensando mais a fundo, entendo que a essência do problema não são os contatos serem feitos de maneira online, mas sim a dificuldade crescente de formar vínculos significativos de forma geral (sejam eles online ou face a face).

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A superficialidade constante pode obscurecer a riqueza emocional dos relacionamentos.

Elenco aqui dois grandes papéis da internet nessa dificuldade que encontramos em relação a falta de profundidade nas relações:

1- Sensação de ter acesso a muitas pessoas ao mesmo tempo: a troca com as pessoas pode começar a ser cada vez mais descartável, cansativa e ansiógena.

O outro vai nos entediando, as conversas não tem profundidade e a ideia de interagir vai parecendo cada vez mais estranha e desconfortável.

2- Consumo demasiado de informações: quando somos estimulados a processar muitas coisas ao mesmo tempo de maneira quase compulsória, ficamos sobrecarregados de informações rasas, sem muita tolerância para nos dedicarmos a uma atividade que exige mais concentração, paciência e estabilidade no assunto.

Tomemos como exemplo o caso de vídeos rápidos em redes sociais que muitas vezes duram apenas segundos e tem assuntos diversos.

Relações humanas reais (as que nossos cérebros foram feitos para lidar) não funcionam assim.

Os convido para fantasiarmos um cenário ilustrativo: imagine que você está sentado na sua casa, olhando pra frente.

Começam a aparecer pessoas diferentes que falam e fazem coisas diferentes e que não duram muito mais do que um minuto.

E tudo isso acontece sem você sequer tenha que pensar nas suas expressões faciais (já que você é só um espectador).

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Por fim, imagine você fazendo isso todos os dias por horas e horas.

O que quero dizer com esse exercício ilustrativo é que para nosso cérebro, não há muita diferença entre as telas e a realidade: reagimos ao que vivenciamos.

Se tudo que vivenciamos é o celular e essa vivência é rasa e superficial, ocorrerá provavelmente um problema com as relações reais com pessoas reais.

A verdade seja dita: não há dúvida de que a internet permanecerá sendo uma parte integral das nossas vidas. Por isso é tão importante lembrarmos que à medida que nos projetamos no futuro, novos desafios aparecerão.

A realidade aumentada e a virtualização poderiam permitir interações digitais ainda mais imersivas, potencialmente agravando o problema da superficialidade.

Além disso, a ética do uso de dados e privacidade ganhará destaque, afetando como compartilhamos informações pessoais em nossos relacionamentos online.

Então, hoje (na verdade, ontem) é o momento de nos preocuparmos com os desafios do presente frente a essas questões relacionais.

A internet não é uma vilã. Em excesso, tudo faz mal (até água, literalmente).

Pode parecer até ficção científica falar assim, mas é importantíssimo existir uma reflexão crítica: eu estou escolhendo estar online ou eu simplesmente não consigo estar offline?

Em meio a esses obstáculos, não percamos de vista o notável potencial da era que vivemos e viveremos.

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A internet tem a capacidade de transcender fronteiras, conectar pessoas a relações significativas e autênticas e o poder de também amplificar o alcance da bondade e do conhecimento de qualidade, enriquecendo, em última instância, o panorama dos relacionamentos humanos, tanto online quanto offline.”

Muito obrigada pelas reflexões e informações! Fique à vontade para voltar quando quiser!

E você aí do outro lado da tela? O que achou? Usa os recursos de forma saudável?

Espero que sim, nada em excesso faz bem né!

Espero vocês em breve! Até a próxima, beijo e tchaaau!

 

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