Foto: PATRICK HAMILTON – AFP
Era a desculpa que os passapanistas brasileiros precisavam: a Alemanha, duas vezes campeã do mundo (uma em cima do Brasil), vice da Europa, está fora da Copa do Mundo feminina da Austrália e Nova Zelândia já na fase de grupos. E isso, mesmo tendo como adversárias a Colômbia (até hoje nossa freguesa), Marrocos (estreante) e Coreia do Sul. Uma vergonha, comparável à brasileira.
O desastre, anunciado na surpreendente derrota diante das colombiana, ganhou contornos de tragédia quando, na manhã desta quinta-feira, as mädchen alemãs (algumas não tão jovens assim…) entraram em campo favoritíssimas contra as sul-coreanas – e caíram do alto de sua arrogância, não passando do empate em 1 a 1, que classificou Colômbia e Marrocos, que se enfrentavam na outra partida do grupo.
“Leia mais notícias de Vicente Dattoli aqui”
Certamente será o fim de uma geração alemã. Como já foi dito, algumas jogadoras estão chegando ao fim de suas carreiras. Renovação. E por lá também sentirão falta dessa geração vitoriosa que vai se encerrando de forma melancólica – e olha que fizeram o possível para que as alemãs batessem as sul-coreanas, dando mais de 15 minutos de acréscimo… (na realidade, uma jogadora oriental precisou de atendimento, o que justifica em parte esse tempo).
E mais: desde 2014, naquele fatídico 7 a 1 que a Alemanha impôs à seleção masculina do Brasil no Mineirão, é a terceira vez que uma seleção alemã cai na fase de grupos de um Mundial. Aconteceu duas vezes entre os homens (2018 e 2022) e, agora, com as mulheres.
Não seria justo, porém, encerrar esta matéria sem elogiar o Marrocos. Em menos de um ano, o país africano entra para a história do futebol: semifinalista na Copa masculina, no Qatar (terminou em quarto lugar) e, agora, o primeiro estreante em Mundiais femininos a passar da primeira fase.
Será o novo país do futebol?
(*) meninas, em alemão
