Antônio Carlos Tolentino Reis é o novo presidente do Americano. Foto: Divulgação
“A camisa alvinegra, glorifica e no gramado agiganta o jogador”. A frase é o início do hino do Americano Futebol Clube, E o torcedor espera que tais glórias voltem com a posse da nova diretoria nesta quinta-feira (21) e que terá como presidente o empresário Antônio Carlos Tolentino Reis.
A escolha do novo mandatário aconteceu após uma situação, no mínimo, inusitada. A ausência, por três vezes seguidas, de registros de chapas para a disputa da presidência. Desde setembro, o Cano era dirigido por uma junta administrativa. Mas no último sábado (16), o nome de Tolentino Reis foi apresentado como pré-candidato à presidência.
A posse acontece no mesmo dia da eleição. Ou seja, por ser candidato único, Tolentino Reis deve ser eleito para tomar posse de forma imediata. Com 48 anos de idade, o presidente é nascido no Rio de Janeiro, mas mora em Búzios, na Região dos Lagos, cidade onde candidatou-se a prefeito pelo Podemos em 2020, mas obteve apenas a quarta colocação com 852 votos, sendo a escolha de 3,92% da população buziana.
Tolentino é dono do projeto social Formando Campeões e também é o idealizador do evento de lutas Gringo Super Fight. Ele, aliás, também é lutador de MMA. Além disso, o empresário é dono da ATR Company, uma empresa de consultoria em gestão empresarial.
Planos para virar clube-empresa, conclusão do estádio e investimento na base
Durante décadas, o Americano chegou a ser a quinta força estadual e era uma verdadeira pedra no sapato dos quatro grandes quando mandava seus jogos no extinto Estádio Godofredo Cruz. Mas desde o rebaixamento estadual em 2012, o time só fez um ano de destaque: 2018.
Na ocasião, o clube fora vice-campeão estadual da segunda divisão e campeão da Copa Rio. Entretanto, no ano seguinte, a má campanha no Campeonato Carioca e a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil fizeram o Cano voltar à dura realidade.
Em entrevista exclusiva à Folha do Leste, Tolentino informou que o caminho para criar times competitivos é o investimento nas categorias de base.
“A base é o futuro para uma equipe ter um time sólido e forte para qualquer competição. Queremos dar continuidade ao trabalho do antigo presidente, que deixou uma base forte, vencedora de diversas competições. Vamos aproveitar parte desses atletas e juntar com grande jogadores, com mais experiência”, explicou.
Afirmando que o clube “vai subir e brigar na Série A do Carioca, o presidente afirma que o trabalho de reestruturação conta com o planejamento para atrair patrocinadores e investidores. Dentro desse contexto, ele explica como pretende tornar o Cano clube-empresa
“O clube precisa virar empresa para deixar de ser uma associação e ter vida própria. O futebol custa caro, e estando na elite esse valor fica ainda mais caro. Nesse primeiro ano de mandato vamos estruturar ideias para trazer grandes parceiros financeiro. O Americano merece ser um clube sustentável para brigar na ponta nas principais competições”, comentou.
Outro ponto que a reportagem questionou foi sobre a conclusão do estádio do Americano, que se encontra com obras inacabadas e sem um prazo para a finalização. O presidente informou que um dos primeiros atos será marcar uma reunião com o dono da construtora para tratar do assunto.
“Existe um contrato junto à construtora. Assim que tomarmos posse, vamos marcar uma reunião com o dono da empresa pra viabilizarmos o mais rápido possível a conclusão da obra para 2024, Vamos trabalhar fortemente para terminar isso logo, pois o Americano não pode jogar sem um estádio”, explicou.
Enquanto a conclusão não vem, Tolentino Reis respondeu sobre a possibilidade de jogar no Estádio Ary de Oliveira e Souza, pertencente ao Goytacaz, o maior rival do Cano.
“A nossa diretoria ainda vai avaliar esse caso”, respondeu.
Obras no estádio do Americano estão inacabadas. Foto: Ascom Americano
Quando questionado sobre as disputas políticas em gestões passadas e a ausência de chapas na três assembleias anteriores à eleição, Tolentino Reis respondeu de forma diplomática.
“Ao chegar a Campos, vi muito amor e carinho em relação ao clube. desde gente do conselho, do presidente, do vice-presidente, dos preparadores físicos… Enfim, todo o grupo é muito unido. Agora é dar continuidade a isso de forma mais profissional, tornando o Americano um clube-empresa. Tem muita coisa que precisa mudar. Não será fácil. Mas com o conhecimento que temos fora dos gramados, e tendo o apoio de grandes parceiros financeiros, vamos trabalhar para colocar o Americano no lugar onde ele merece estar”, finalizou.
