
Foto: Flávio Carvalho – WMP Brasil – Fiocruz
A Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com o World Mosquito Program (WMP), deu início nesta terça-feira (02) a uma nova etapa de solturas de mosquitos “wolbitos”, Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia. A iniciativa visa reduzir a incidência de doenças como dengue, zika e chikungunya na cidade.
A bactéria Wolbachia impede o desenvolvimento dos vírus causadores das arboviroses dentro do mosquito Aedes aegypti, tornando-o incapaz de transmitir as doenças. As fêmeas “wolbitos” se acasalam com mosquitos selvagens, transmitindo a bactéria para seus descendentes, que nascem já com a Wolbachia.
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Dessa forma, nesta fase, os mosquitos serão soltos nos bairros do Caju, Centro e Ilha de Paquetá, com a expectativa de alcançar uma população de mosquitos “wolbitos” suficiente para reduzir a população de vetores de arboviroses. Assim, as solturas serão realizadas ao longo de 20 semanas.
Dessa forma, o método Wolbachia já foi aplicado em Niterói e em 29 bairros do Rio de Janeiro, com resultados animadores. Contudo, segundo Diogo Chalegre, líder de Relações Institucionais do WMP no Brasil, houve uma redução média de 38% nos casos de dengue nas áreas onde os mosquitos foram soltos.
A produção de ovos de “wolbitos” está sendo ampliada. Assim, uma nova biofábrica em Curitiba, com capacidade de produção de 400 milhões de ovos por mês, entrará em operação em 2025. A meta é beneficiar até 70 milhões de pessoas em todo o país nos próximos dez anos.