Presidente do Vasco, Jorge Salgado, presidente do Vasco, com Josh Wander e Juan Arciniegas, investidores da 777 Partners. Foto: Daniel Ramalho/Vasco
Uma reportagem vinda da Noruega trouxe à tona possíveis problemas financeiros envolvendo a empresa 777 Partners e agitou os bastidores do Vasco nesta segunda-feira (3). O site “Josimar Football” publicou um artigo intitulado “The 777 football mystery” (O mistério do futebol da 777), no qual questiona a viabilidade dos modelos de negócio da empresa e menciona a compra de vários clubes pelo mundo, incluindo o Vasco, chamado de “Vasco de Fiasco”.
Só prejuízo
A matéria destaca os problemas judiciais enfrentados por Josh Wander, sócio proprietário da 777 Partners, e entrevista fontes que afirmam a inviabilidade dos negócios da empresa, incluindo um ex-funcionário que não quis se identificar.
Segundo ele, todos os negócios da 777 dão prejuízo e quem arca com as consequências são os parceiros de joint venture. “A empresa diz que se financia, mas eles não podem ter tanto dinheiro quanto dizem, simplesmente não é possível. Eles não precisam de muito dinheiro, o que eles fazem é movimentar o dinheiro de um lado para o outro, é sempre o mesmo dinheiro”, afirma o ex-funcionário.
Preocupação
O tema gerou preocupação nos corredores de São Januário. De acordo com o portal “ge”, o Vasco entrou em contato com a diretoria da 777 e solicitou um posicionamento público sobre o assunto. “A reportagem trata de temas corporativos internacionais da 777 Partners que demandam um posicionamento público do grupo. Entendemos também que a Vasco SAF deve explicações aos vascaínos sobre a contratação do novo técnico e a atuação na janela de transferências. Precisamos de senso de urgência e ação”, afirma o vice-presidente do Vasco, Carlos Osório, em entrevista ao “ge”.
Dinheiro de onde?
A reportagem também questiona a origem do dinheiro da 777 e afirma que houve investimento inicial dos fundos Boich Investiment Group e Leadenhall Capital Partners. Além disso, a empresa americana recebeu capital de fundos de private equity e de indivíduos ricos que não foram identificados.
