
Nível do rio Guaíba continua subindo em Porto Alegre | Gustavo Mansur/Palácio Piratini
O Rio Guaíba não para de subir em Porto Alegre e neste domingo (5) atingiu um nível de 5,3 metros, o mais alto desde 1941, de acordo com dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA).
A cota de inundação no Guaíba é de 3 metros, e o avanço das águas já provocou alagamentos em diversas áreas da cidade, incluindo a rodoviária, o Centro Histórico e vários bairros.
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A Defesa Civil do estado emitiu um alerta para chuvas e ventos fortes, com descargas elétricas e granizo em parte do Rio Grande do Sul, incluindo a capital. Além disso, um novo mapa com as áreas em risco pela cheia do Guaíba foi divulgado.
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As fortes chuvas que atingiram o estado causaram 66 mortes confirmadas, 6 mortes em investigação, 155 feridos e 101 desaparecidos. Mais de 80 mil pessoas estão desalojadas e 15 mil em abrigos públicos, precisando de itens como colchões, cobertores e roupas. Ao todo, 330 cidades foram afetadas e mais de 700 mil pessoas sofrem com as inundações.
Contudo, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que o estado precisará de um “Plano Marshall” para a reconstrução.
“O Rio Grande do Sul vai precisar de uma espécie de Plano Marshall de reconstrução”, disse. “Um plano de excepcionalidade em processos, em recursos, em medidas absolutamente extraordinárias. Porque, como eu insisto, quem já foi vítima da tragédia não pode ser vítima depois da desassistência e da demora”, completou Leite.
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Assim, Leite reforçou que o momento exige união e que as diferenças políticas precisam ser colocadas de lado.
“Temos que estar à altura do que a história nos exige, como lideranças públicas, colocando de lado qualquer diferença neste momento”, afirmou.
Enfim, na última quarta-feira (01), Eduardo Leite declarou estado de calamidade pública no estado. A medida foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial.