
Niterói atualiza plano estratégico e convoca população para pensar 2050 | Divulgação/Evelen Gouvêa e Lucas Benevides/Prefeitura de Niterói
O plano estratégico Niterói Que Queremos 2050 é a nova aposta da cidade para enfrentar os desafios das próximas décadas com visão de longo prazo. Lançada nesta segunda (30) no Theatro Municipal, a nova etapa do projeto tem como foco a participação popular e está disponível para consulta no site oficial, no app Colab e em plenárias presenciais.
A revisão do plano, coordenada pela Seplag, traz sete eixos de desenvolvimento: cidade saudável, segura, próspera, inovadora, inclusiva, vibrante e eficiente. Com isso, a prefeitura pretende atualizar as políticas públicas da última década e se alinhar às mudanças sociais, ambientais e econômicas em curso.
O prefeito Rodrigo Neves destacou que a cidade precisa estar pronta para envelhecimento populacional, transição energética e redução da dependência do petróleo.
“O ‘Niterói Que Queremos’ tem sido uma bússola para a nossa cidade. Essa atualização nos alinha às mudanças e desafios do mundo de hoje. Niterói precisa se adaptar ao envelhecimento da população e à transição econômica com menos dependência do petróleo. Outras frentes importantes são a revitalização da região central e a transformação das nossas 80 favelas em sub-bairros. Em complemento à expansão da rede de Saúde e de Educação, que construímos desde 2013, faremos ações para aprimorar a qualidade dos serviços. A mobilidade urbana continuará sendo prioridade: teremos o VLT no Barreto e os terminais de integração para o transporte intermunicipal. Esperamos que a população nos ajude a pensar em mais sonhos para a Niterói que queremos em 2050”, disse o prefeito Rodrigo Neves, que convidou todos a participarem da consulta cidadã.

Niterói atualiza plano estratégico e convoca população para pensar 2050 | Divulgação/Evelen Gouvêa e Lucas Benevides/Prefeitura de Niterói
Nos últimos dez anos, o Niterói Que Queremos orientou obras de contenção de encostas, ampliação de escolas, criação de programas sociais como a Moeda Arariboia e construção de equipamentos como o CISP e o Parque Orla de Piratininga. A meta agora é atualizar esse planejamento até 2050.
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A vice-prefeita Isabel Swan lembrou o papel da natureza no projeto.
“Planejamento é tudo, está no DNA do governo e vai muito além, com escuta ativa da população, pesquisa e participação popular, que é o que vai fazer o plano ganhar robustez e força. Somos todos construindo uma sociedade melhor, uma cidade melhor. Um exemplo é a construção do túnel Charitas-Cafubá que há anos estava no papel. É uma marca forte conseguir tirar os projetos do papel, não só o túnel, como o Parque Orla na Lagoa de Piratininga. A gente mudou a Lagoa de Piratininga com soluções baseadas na natureza. Então, é uma cidade que pensa a natureza, que preserva a natureza, que tem 56% do seu território preservado”, disse a vice-prefeita Isabel Swan, que também está à frente da Secretaria do Clima, Defesa Civil e Resiliência.
Além da consulta pública, haverá concurso de desenhos e redações para alunos do ensino fundamental, e será criado o Conselho da Cidade de Niterói para acompanhar a execução das ações. O plano também dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e com a Estratégia Brasil 2050.
A consulta pública também servirá de base para o PPA 2026-2029, conectando a visão de futuro com os orçamentos municipais de curto prazo. O secretário executivo Felipe Peixoto reforçou que a escuta da população será central.
“É olhar para o futuro de Niterói, o futuro da nossa cidade. Tenho certeza que essa reunião aqui dará início a uma grande jornada de ouvir a população, de receber sugestões, receber ideias, que o resultado disso tudo será maravilhoso. A gente vai ter oportunidade, daqui a 25 anos, de fazer uma avaliação como vou fazer hoje, de 2013 até o planejamento que foi feito até 2033 e ver que muitas coisas que foram pensadas hoje já são realidade”, disse Felipe Peixoto.