
VLT Carioca circula pelo Boulevard Olímpico, ao lado do Museu de Arte do Rio, no centro da cidade | Divulgação
Museus e cultura no trajeto do VLT transformam o Centro do Rio em roteiro turístico de primeira. A reurbanização da região e a integração entre o VLT Carioca e o Terminal Gentileza abriram espaço para um novo tipo de passeio: acessível, histórico e cheio de descobertas.
Quem embarca nas quatro linhas do bonde elétrico, totalmente climatizado e livre do trânsito, percorre o coração da cidade cruzando por monumentos, centros culturais e palcos da história brasileira. Tudo isso por apenas R$ 4,70 por viagem.
“Acreditamos que os museus são espaços vivos, fundamentais para o fortalecimento da identidade, da educação e da cultura. Com nossos investimentos e apoio estamos garantindo que esses espaços estejam cada vez mais acessíveis, modernos e conectados com a sociedade”, disse o governador Cláudio Castro.
No trajeto da linha 1, por exemplo, a Parada dos Museus dá acesso ao MAR (Museu de Arte do Rio) e ao Museu do Amanhã. Para quem desce na Utopia/AquaRio, o maior aquário da América do Sul é a pedida. Mas não para por aí.
Outros pontos de cultura surgem ao longo das linhas 1 e 2. O Paço Imperial (Praça XV), o Instituto Pretos Novos (Harmonia) e o Real Gabinete Português de Leitura (Tiradentes) guardam acervos que conectam o passado ao presente e tornam o passeio um mergulho na história.
A data de 18 de maio marca o Dia Internacional dos Museus. Criada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), ela convida o público a explorar espaços de preservação cultural como ferramentas de educação e inclusão social.
Durante a 23ª Semana Nacional de Museus, o Estado do Rio ofereceu atividades gratuitas e interativas. Combinando arte, história e tecnologia, a programação ocupou os museus com oficinas, exposições e experiências educativas. O investimento veio do edital Nossos Museus RJ, que destinou R$ 5 milhões para modernização e expansão desses espaços.
O Instituto Pretos Novos celebrou 20 anos de resistência. Criado sobre o antigo cemitério de escravizados da região portuária, o espaço promoveu rodas de conversa, exposição inédita, sarau e degustação de comidas afro-brasileiras.
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Merced Guimarães, presidente do IPN, lembra que o espaço é referência internacional.
“Mesmo sendo uma família branca cuidando do espaço de preto, o memorial é vítima do racismo estrutural. E é por isso que essa história precisa ser conhecida, para que não seja apagada e ajude a mitigar os efeitos do racismo.”
Alexandre Nadai, diretor de comunicação do IPN, reforça:
“A importância de visitar os museus é conhecer um pouco da história de cada lugar, da sua própria história. Os museus oferecem grandes possibilidades, com as exposições, os eventos que têm. Então é uma fonte de conhecimento que o público deve se apropriar cada vez mais”.
Além dos museus, o trajeto do VLT permite acesso fácil a espaços como o Teatro Municipal, o Teatro Riachuelo, o João Caetano e o Carlos Gomes. Todos com paradas próximas e acessibilidade total.
Com o projeto Reviver Rio, imóveis antes abandonados ganharam vida nova como livrarias, escolas de dança, galerias e até um novo museu: o primeiro Museu da Caricatura Brasileira, na Rua Primeiro de Março, 22.
Em cada parada, mapas turísticos indicam o que fazer e onde ir. Seja para aprender, se emocionar ou simplesmente passear, o VLT virou passaporte para uma cidade que se reinventa, mistura o antigo ao novo e convida a olhar para o Centro com outros olhos.