Por Michele Rocha | michele@boostimprensa.com.br
O Dia Internacional da Mulher é um marco de conquistas e resistência. Mais do que uma celebração, a data reforça a necessidade de continuar avançando na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Neste contexto, a luta feminina se conecta diretamente com a pauta LGBTQIA+, já que ambas compartilham desafios e a busca por equidade.
Para o advogado e ativista Nilton Serson, um dos nomes mais atuantes na defesa dos direitos LGBTQIA+ no Brasil, a causa feminista sempre esteve ligada ao combate às desigualdades estruturais que também afetam a comunidade LGBTQIA+. A história comprova isso: desde os primórdios dos movimentos feministas, mulheres foram protagonistas na defesa dos direitos das minorias, questionando padrões e abrindo caminhos para grupos historicamente marginalizados.
“Quando falamos de equidade de gênero, estamos falando de um mundo que respeita todas as formas de existir. Mulheres trans, lésbicas e bissexuais enfrentam desafios duplos, tanto pelo machismo quanto pela LGBTQIA+fobia, e é por isso que essas pautas precisam caminhar juntas.” comenta Nilton Serson.
Ao longo da história, muitas mulheres estiveram na linha de frente da luta pelos direitos da população LGBTQIA+. O ativismo de figuras femininas icônicas, tanto cis quanto trans, ajudou a pavimentar o caminho para conquistas importantes, como o reconhecimento legal de uniões homoafetivas, leis contra discriminação e o fortalecimento de espaços seguros para a diversidade.
O avanço de direitos, no entanto, ainda esbarra em desafios diários. Mulheres trans, por exemplo, enfrentam índices alarmantes de violência e exclusão no mercado de trabalho. Além disso, a própria representatividade da diversidade dentro dos espaços de decisão ainda é um obstáculo. No Brasil, por exemplo, a presença de mulheres – cis e trans – em cargos de liderança ainda é muito inferior à dos homens, o que reforça a urgência de políticas que garantam equidade real.
“A luta das mulheres é a luta por um mundo mais justo para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.” destaca o advogado Nilton Serson.
A luta feminista e LGBTQIA+ não são causas isoladas, mas sim movimentos que se complementam e se fortalecem mutuamente. Quando mulheres se levantam contra a discriminação, elas não apenas quebram barreiras para si mesmas, mas também para todas as minorias que sofrem com a exclusão. O futuro da equidade de gênero está diretamente ligado ao reconhecimento e ao respeito da diversidade em todas as suas formas.
Para Serson, o Dia da Mulher deve ser um lembrete de que não basta apenas reconhecer conquistas, mas também agir ativamente para garantir que todas tenham acesso a direitos plenos.
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“Não existe luta pela equidade se não abraçarmos todas as mulheres. O 8 de março deve ser um dia de reflexão e ação para garantir que nenhuma identidade feminina seja apagada ou deixada de lado.” – Nilton Serson
Em um mundo onde o preconceito ainda tenta silenciar muitas vozes, a união entre diferentes causas é essencial para construir um futuro mais justo. Afinal, quando uma mulher avança, toda a sociedade avança junto.